Reflexo dos algoritmos na vida das pessoas é pauta em Coletiva Debates

Questionados sobre efeitos da tecnologia, debatedores conversaram sobre fim da privacidade

No Coletiva Debates desta segunda-feira, 9, os palestrantes foram questionados acerca dos efeitos dos algoritmos na vida das pessoas. Segundo os convidados, o uso da tecnologia é impossível de ser evitado e deve ser observado com cautela, pois o recurso pode trazer reflexos positivos e negativos. A dúvida levou o trio a refletir sobre o fim da privacidade, dito como certeiro por eles.

O presidente da Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap-RS), Mauro Dorfman, foi categórico ao afirmar que "não há mistério: se o negócio é de graça, o produto somos nós". Para o profissional, espontaneamente os membros da sociedade trocam sua privacidade em prol de vantagens pessoais. Como exemplo, citou aplicativos que mensuram dados sobre as corridas do usuário, e que este voluntariamente fornece informações sobre si.

Em concordância com o membro da Abap, o presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (Abradi-RS), Érick Formaggio, afirmou que a privacidade está terminada e relembrou que dados pessoais, necessários para o acesso em grande parte dos sites, correm por algum lugar, muitas vezes desconhecido pela população.  A segunda vice-presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Cristiane Finger, demonstrou seu medo em relação a tal incompreensão. "Essa formula não é inocente e não temos controle algum", alertou.

Formaggio citou, também, o lado bom da tecnologia. Em sua opinião, ela pode ser facilitadora da vida e trazer segurança. Para finalizar, deixou um questionamento à plateia. "Até onde isso vai? Precisamos de regulamentação?", indagou.

Comentários