O trio de palestrantes Cristine Finger, Érick Formaggio e Mauro Dorfman explorou as tendências em Jornalismo, Publicidade e dos agentes digitais. Sob mediação do diretor Comercial de Coletiva.net, Iraguassu Farias, a quinta edição do Coletiva Debates - Precisamos Conversar começou. Após reforçar as boas-vindas da publisher Márcia Christofoli, o executivo agradeceu o trabalho inicial do jornalista José Vieira da Cunha, que esteve à frente do Coletiva.net por 17 anos. "Se estamos aqui hoje, devemos à história que tu construíste", observou, referindo-se a Vieira.

"A ARI está prestes a completar 82 anos. Quando me questionam para onde irá o futuro, fico pensando que espero que para mais daqui a 82." Desta forma, a segunda vice-presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Cristiane Finger, iniciou sua fala, salientando que, infelizmente, não sabe com precisão a resposta. Ela ressaltou que o Jornalismo está sendo desafiado e acredita que, frente à tecnologia, as pessoas pensam que ela pode fazer tudo. "Ela apenas nos abre caminhos", resumiu. Como tendência, Cristiane aposta nos jornalistas, como checadores de notícias, e nas narrativas transmidiática - a mesma história adaptada à TV e aos rádios e jornais.

O presidente da Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap-RS), Mauro Dorfman, defendeu a reflexão sobre as tendências no mercado, visto o cenário atual de transição estar bastante acelerado. "Daqui a um tempo não haverá nenhum sentido em ter entidades e agências diferentes, no que tange as agências de publicidade", apontou. Ainda, disse que é preciso superar as dicotomias entre digital e off-line, pois o futuro não está somente na internet, afinal, a vida é concreta e real. "É um desafio para os veículos e para as agências se manterem relevantes. No digital, as experiências interessantes e excitantes devem ser complementares aos que acontece no mundo físico."

Em concordância aos colegas de debate, o presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (Abradi-RS), Érick Formaggio, falou que acredita na discussão de futuro com base na informação e não apenas nos rumos da tecnologia. "Não tem fórmula pronta. Estamos aqui para construir novas narrativas e experiências. Vivemos um período de infinitas possibilidades e da geração de dados constante", registrou, recordando que as pessoas alimentam, sem nem se dar conta, bancos de dados com o celular no bolso. "Enxergo com olhos otimistas a função da tecnologia. Ela é o tecido das nossas vidas."