A 13ª edição do Festival de Interatividade e Comunicação (FIC) 2017 contou com uma discussão sobre o ecossistema da inovação. No comando do tema, dentro da sala dois, estiveram o cofundador da TAG - Experiências Literárias, Arthur Dambros, e o fundador da Warren, Tito Gusmão, que dividiram com o público suas histórias neste universo.  Para introduzir o painel Startups exponenciais, o CEO da Zeeng, Eduardo Prange, reconheceu que a grade do evento está repleta de bons conteúdos e que há uma disputa pela atenção dos participantes.

Gusmão brincou que sua trajetória se iniciou em razão da mesada, que recebia dos pais, não ser suficiente para suas demandas diárias. "Eles me pagavam mal", disse, rindo. Depois de um período, quando estudou mais profundamente sobre investimentos, conseguiu um emprego na área. "Após 10 anos como executivo, caí fora e me juntei com amigos para colocar a plataforma de investimentos Warren na rua", disse, acrescentando que o objetivo era criar uma nova geração de investidores. A ferramenta da marca permite, entre todas as funcionalidades, que haja o estabelecimento de metas financeiras. "Com nove meses, nosso intuito é 80 mil pessoas, o dobro do atual, em 2018."

A escolha de executar a iniciativa em Porto Alegre se deu, segundo Gusmão, pela cidade reunir muitos projetos e profissionais de Tecnologia, base da Warren. "Apesar de passarmos por um momento da cabeça baixa, temos muitas coisas fantásticas acontecendo em coworkings, com gente querendo fazer acontecer."

Foi se baseando nos antigos clubes de livros que Dambros ingressou no empreendedorismo em 2014. Como ele mesmo afirmou, por muito tempo havia apenas clubes de assinaturas de cervejas e vinhos, mas nada relacionado à leitura. "Precisava fazer sentido para não ser apenas mais uma caixa com objetos segmentados dentro", disse, explicando que o serviço oferece uma obra selecionada por um escritor convidado a fim de oportunizar uma experiência diferente no âmbito da literatura.

Nesse sentido, destacou as propostas da TAG: "Gerar surpresa ao abrir um pacote, quem não gosta? Também é angustiante não ter com quem conversar sobre a obra lida. Então, nós oferecemos uma plataforma para isso". Outro ponto abordado pelo empreendedor foram as consequências do trabalho, como os associados marcarem, se encontrarem e debaterem sem a mediação da marca. "No fim, é isso que queremos proporcionar."