Exposição e livro retratam o cotidiano de ciganos

Fotógrafo Rogério Ferrari percorreu 40 municípios da Bahia para registrar modo de vida e costumes

Na quarta-feira, 21, às 19h30, o fotógrafo Rogério Ferrari inaugura a mostra 'Ciganos' e lança livro homônimo na Fluxo - Escola de Fotografia Expandida. A mostra, que estará em cartaz de 22 de maio a 18 de junho, apresenta o trabalho mais recente de Ferrari, realizado entre 2010 e 2011. As imagens resultam de quatro meses de viagem em que retratou a realidade do povo cigano que vive no interior da Bahia. O fotógrafo percorreu 40 municípios baianos, região que concentra uma das maiores populações de ciganos do País, registrando seus modos de vida e costumes. A exposição apresenta 25 imagens em preto e branco nos formatos 60x40cm e 60x90cm.
Vindos do Rajastão, no norte da Índia, e hoje espalhados pelo mundo, os ciganos foram deportados de Portugal para o Brasil no primeiro século da ocupação colonial. Movimentos populares e povos que lutam por uma autodeterminação e democracia verdadeira são recorrentes na obra de Ferrari. Desde os anos 1980, ele tem viajado para zonas de conflito territorial no mundo, retratando sociedades diversas como as da Nicarágua, do México, da Palestina, do Curdistão e do Saara ocidental. "Os ciganos dispensam considerações e interlocutores, mas na antologia dos agravos históricos estão ladeados com outros povos que, diante da pólvora, da gripe e do engano civilizatório, padeceram, desapareceram e reexistiram", escreve o autor no posfácio do livro.
O livro possui 196 páginas, com 87 imagens e prefácio da antropóloga Florência Ferrari, um mapa e texto do autor. A publicação custa R$ 60 e estará à venda durante o período da exposição.
No dia 24, Ferrari ministra a oficina Existências e Resistências, que aborda a importância da reflexão em relação à técnica fotográfica. Os inscritos ganharão um exemplar do livro. Para mais informações sobre a oficina, acesse escolafluxo.com.br
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