ABI se manifesta preocupada com ameaça a jornais

Entidade considera ações da Igreja Universal "grave ameaça à liberdade de expressão"

Em declaração divulgada nesta segunda-feira, 18 de fevereiro, a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) manifestou o que considera "extremada preocupação" com o conjunto de ações judiciais ajuizadas contra os jornais Folha de S. Paulo e A Tarde, de Salvador, e a jornalista Elvira Lobato, repórter da Folha. Os autores das ações são pastores e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, que espalharam as representações por 20 estados e dezenas de municípios. No entendimento da ABI, essas ações constituem "grave ameaça à liberdade de informação e de expressão", o que levou a entidade a pedir à Anistia Internacional um movimento mundial em defesa dos dois jornais e da jornalista.


Em nota assinada por seu vice-presidente Júlio César Mesquita, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) também divulgou nota oficial sobre o assunto, na qual qualifica como "intimidação ao livre exercício do jornalismo a intenção contida na iniciativa de 35 fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, até o momento, em diferentes pontos do País, de proporem ações de danos morais contra o jornal Folha de S.Paulo". A nota lembra que os autores das ações alegam se sentir ofendidos pela reportagem "Universal chega aos 30 anos como império empresarial", publicada na Folha do dia 15 de dezembro, pela jornalista Elvira Lobato. "O que os autores dessas ações pretendem não é restabelecer sua honra ou a verdade, mas constranger uma empresa jornalística no seu dever de livremente informar a sociedade", registra a nota da ANJ.

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