Boletim da ARI destaca agressão a repórter do CQC

Tambor da Aldeia traz, ainda, outros casos de ameaças à liberdade de imprensa e expressão

O Tambor da Aldeia, boletim eletrônico semanal da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), destaca nesta segunda-feira, 21, a agressão sofrida pela repórter Mônica Iozzi, do programa Custe o que Custar (CQC), da TV Bandeirantes. Segundo o boletim, em Brasília o deputado federal Nelson Trad (PMDB-MS) deu tapas na câmera, rasgou a camisa do cinegrafista, bateu no microfone de Mônica e, ainda, a insultou.
A matéria que gerou a agressão, exibida na última segunda-feira, 14, mostra uma atriz, contratada pela produção do programa, colhendo assinaturas dos parlamentares para a criação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) incluindo um litro de cachaça na cesta básica brasileira. O projeto seria de autoria do inexistente 'Chico Bezerra'. Mesmo sem ler o texto, alguns deputados assinaram a lista, inclusive Trad. O deputado José Tatico (PTB-GO) também agrediu verbalmente a repórter.
O Tambor da Aldeia ainda relata o caso de um jornalista que foi ameaçado de morte, em Cajazeiras (PB), no dia 11 de junho, após publicar no blog Folha VIP uma matéria sobre um homem que estaria divulgando fotos de sexo explícito com menores. O responsável pela venda de publicidade do blog, Joaquim Cruz, afirmou que o suposto pedófilo, que se identificou como Alfinin, esteve na delegacia para prestar esclarecimentos. "Ele disse que estava nervoso com as acusações de pedofilia e garantiu que não voltará a ameaçar os jornalistas da cidade", disse Cruz, que não quis revelar o nome do repórter ameaçado.
Na seção 'Pelo mundo', o boletim destaca mais um jornalista morto em Honduras. Luis Arturo Mondragón, diretor de notícias do Channel 19 TV, foi baleado por dois homens na cidade de El Paraíso. A polícia informou que está investigando o caso, mas que até agora desconhece a causa do crime. Os familiares afirmam que o jornalista havia se queixado de ameaças por acusar autoridades locais de corrupção. Ainda nesta seção, é destacado o caso dos 13 repórteres que foram sequestrados por índios, no México, por tentarem gravar um comercial em sua região.
A ARI disponibiliza o email [email protected] aos profissionais e estudantes da comunicação social que quiserem fazer denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.

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