Desde 2000, graças ao esforço realizado pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o Dia Nacional da Imprensa passou a ser comemorado em 1º de junho. Antes disso, a data era celebrada em 10 de setembro, devido ao decreto do então presidente Getúlio Vargas, que vinculava o início da atividade jornalística brasileira ao lançamento da Gazeta do Rio, que ocorreu em 1808. O esforço da associação em vincular a festividade à primeira publicação do Correio Braziliense, de Hipólito José da Costa, deu certo. Em 13 de setembro de 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 9.831, permitindo a mudança oficial.
Reconhecer o 'Correio Braziliense' como o primeiro é o principal marco do jornalismo impresso 'genuinamente brasileiro' e, mais do que isso, permitir que a data de veiculação do primeiro impresso se transformasse no Dia oficial da Imprensa Nacional é uma conquista de várias dimensões para a ARI. A entidade também proporcionou aos gaúchos, através da Lei estadual 11.300, de 23 de dezembro de 1998, uma semana de reflexão sobre o papel da imprensa na pós-modernidade. A cada ano, o Rio Grande do Sul passou a contar com a Semana Hipólito José da Costa, que se celebra sempre no início de junho.
José Nunes, atual presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, disse que a alteração de datas é uma forma de valorizar o trabalho feito pela ARI. Além disso, 1º de junho representa o que era o jornalismo contestador feito para a sociedade, ao contrário do periódico que servia à Corte Portuguesa. Sobre a reflexão feita à ocasião, revela insatisfação em relação à importância dada pela sociedade aos profissionais diplomados. "Hoje qualquer pessoa que põe informações na internet, nos blogs, se coloca como profissional da imprensa. Não quero dizer que as pessoas não tenham direito de se expressarem, mas que para fazer jornalismo tem que haver qualificação", enfatiza.