Diário de S.Paulo propõe-se a analisar a notícia

Jornal promete ser "pós-noticioso", direcionado para a análise dos fatos

Circula desde o último domingo, 25, uma edição repaginada do jornal Diário de S.Paulo. A mudança visual mais notável é o novo formato do jornal, chamado "berliner", que lembra um tabloide alongado. O jornal inaugura a proposta de fazer um jornalismo 'pós-noticioso', voltado para a análise dos fatos. O papel das mídias digitais no imediatismo da notícia teria levado a publicação a se posicionar como um manual explicativo dos acontecimentos.
Conforme publicado pelo Portal Imprensa, o jornal apresenta letras maiores, mais espaço às imagens, mais gráficos, cores e textos relativamente curtos. A proposta é de uma leitura rápida, tendo como pressuposto o fato de o leitor já ter conhecimento sobre o assunto por conta, sobretudo, da Internet. É o caso da matéria de capa deste domingo: a disputa eleitoral entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Em analogia à troca de farpas durante a semana entre tucanos e petistas, a publicação apresentou José e Dilma casados há 34 anos.
Os cadernos não possuem mais capas. As editorias são designadas por nomes e cores para situar os leitores ao longo das oitenta páginas do jornal. O jornal continua online com destaque aos temas apresentados na versão impressa e acrescentando informações conforme a necessidade. Na web, o espaço aos leitores é amplificado. Após cadastro, o internauta pode enviar vídeos, textos e fotos para colaborar com a publicação.
O novo formato do jornal foi inclusive destacado pelo blogueiro londrino Juan Antonio Giner, que postou comentário sobre o diário em seu blog Innovations in Newspaper. Gilner comenta que "o Diário de S.Paulo não tem nada de realmente novo, apenas notícias e histórias que valem a pena ler."

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