Indenizações e violência contra jornalistas no "Tambor da Aldeia"

Boletim do Departamento de Direitos Sociais e Imprensa Livre da ARI chega à 50ª edição

O Tambor da Aldeia, boletim semanal editado por Vilson Romero, do Departamento de Direitos Sociais e Imprensa Livre da ARI (Associação Riograndense de Imprensa), chegou à 50ª edição. O informativo é disponibilizado via correio eletrônico e, para solicitar recebimento, basta enviar e-mail para [email protected]. Através desse endereço, também é possível colaborar com o boletim, relatando casos de atentado contra o livre exercício da profissão de jornalista. A edição desta semana apresenta ocorrências de assassinatos e violência contra profissionais da Imprensa, e mostra também que o número de ações indenizatórias por dano moral contra os cinco maiores grupos de Comunicação do país caiu nos últimos quatro anos.


Até o mês de abril, registravam-se 3.133 processos, em um universo de 3.237 jornalistas das editoras Globo, Abril, Estado, Folha e Três. O levantamento foi divulgado durante o segundo Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), e aponta que as empresas jornalísticas vencem cerca de 80% das ações cíveis. Do universo global de processos, apenas 4,2% foram ajuizados na Justiça criminal.


Ainda nas notas sobre o Brasil, foi noticiado que a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) cobrou esclarecimento do assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, em Porto Ferreira/SP, afirmando que o crime "mirou não só a pessoa, mas a liberdade de expressão". Também recebeu destaque o relatório "Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil", divulgado pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), em 1º de junho, Dia Nacional da Imprensa.


No noticiário internacional, são relatados assassinatos e seqüestros de jornalistas no Iraque, na Rússia, em Israel e na Indonésia. Na Espanha, os clubes de futebol Barcelona e Real Madrid movem processo contra o diário francês Le Monde, devido à publicação sobre uma rede de doping envolvendo vários esportes. O jornal afirmou que quatro clubes espanhóis - os outros são Valência e Real Bétis - estariam ligados ao crime. Todos negam a acusação. E a Venezuela continua sendo notícia. Após não renovar a concessão da RCTV, o governo apresenta denúncias sobre outras emissoras. O ministro da Comunicação e Informação, Willian Lara, acusou a Globovisión e a CNN de ligar a imagem de Hugo Chávez à violência.

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