Proposta de Jobim ameaça a liberdade, afirma Agert

Associação compartilha da opinião já divulgada por outras entidades

A Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) compartilha da opinião já divulgada por outras associações estaduais e, também, pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) sobre o projeto que criminaliza a divulgação sem autorização judicial de informações resultantes de interceptações telefônicas por jornalistas e veículos de comunicação.


Para a entidade, o projeto de lei proposto pelo Governo Federal representa uma ameaça à liberdade de imprensa, já que estipula pena de reclusão de dois a quatro anos e multa para quem "diretamente ou por meio de terceiros" realizar "interceptação de qualquer natureza, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei". Ainda segundo a proposta, passa a ser crime "produzir, fabricar, comercializar, oferecer, emprestar, adquirir, possuir, manter sob sua guarda ou ter em depósito, sem autorização, equipamentos destinados à interceptação telefônica". 


A Agert considera que o dever do jornalista é informar e o cidadão tem o direito de receber essa informação. "A proposta é uma forma de intimidar o jornalista e de impedir que a imprensa cumpra o seu papel, que é o de buscar e divulgar a informação à sociedade", completa.


Veja o que já foi publicado sobre o assunto em Coletiva.net.


Sindicato dos Radialistas é contrário à proposta do Ministro Jobim


Nota de Tarso Genro à ABI nega restrições à liberdade de imprensa


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