fisl13 debate estrutura social e economia colaborativa

Painel abordou o papel da interação e colaboração entre a sociedade e as organizações

O 13° Fórum Internacional Software Livre (fisl13) discutiu nesta sexta-feira, 27, as mudanças na estrutura da sociedade e a economia colaborativa. Com mediação de Gustavo Pacheco, convidados e plateia dialogaram durante duas horas sobre os projetos desenvolvidos pelos empresários e as possibilidades que a colaboração oferece ao setor privado e público. Participaram Edgar Stuber, do Nós Coworking, Daniel Bittencourt, do Lung, Daniel Larusso Barros, do nós.vc, Sandro Cortezia, da Venti Inteligência em Projetos, e Tomás de Lara, da Engage,
Para os painelistas, um novo cenário econômico se desenvolve na medida em que as pessoas têm mais voz e mais acesso à informação. "As empresas ainda não enxergam a necessidade de reformatar seus valores. (?) E a inovação só acontece em produtos. A verdadeira inovação na forma de atuação ainda não acontece", afirmou Edgar Stuber. Para Sandro Cortezia, que trabalha com inovação colaborativa, "o movimento de mudança está acontecendo, mas é natural que haja um pouco de resistência. É na necessidade que ocorre a mudança e a economia tradicional já não é sustentável", defendeu.
Um dos idealizadores do Catarse - site de financiamento coletivo de projetos e a primeira plataforma do gênero a utilizar software livre -, Tomás de Lara acredita que a sociedade civil está se organizando para promover mudanças que não dizem respeito somente a negócios. "A cidade é nossa também. As pessoas estão tomando essa consciência e participando das mudanças", afirma. Uma iniciativa que exemplifica essa organização é o portoalegre.cc, plataforma na qual as pessoas podem cadastrar causas sobre os locais da cidade. "Nela as pessoas compartilham ideias e reivindicações e se conectam a outras pessoas que têm uma vontade semelhante. Tudo se transforma em ações reais pela cidade", comentou Daniel Bittencourt, idealizador do projeto.
Para Daniel Larusso, da nos.vc, cuja criação foi financiada por recursos adquiridos via Catarse, mais do que participar com ideias, as pessoas devem compartilhar conhecimento. "Trabalhamos com educação livre. Qualquer um que detenha o conhecimento pode repassá-lo para os outros. Queremos descentralizar o saber", explicou.
Ainda durante esta sexta-feira, foi lançado no fisl13 o Banco Colaborativo da Ada Digital (BCAD), criado pela mineira Ada Lemos. A proposta é facilitar a divulgação de projetos de software livre, através do financiamento, de forma colaborativa, de projetos. Para facilitar as transações, todas as movimentações dos dados são feitas de forma transparente e o dinheiro investido pode ser devolvido quando o projeto não obtiver o valor alcançado. Mais informações sobre o banco estão disponíveis no site www.bcad.adadigital.com.br

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