Brasil é mais perigoso para jornalistas que países em guerra

Número de assassinatos de profissionais da categoria é maior do que no Iraque, Gaza e Afeganistão

Com 11 profissionais da imprensa assassinados neste ano, o Brasil se tornou o quarto país mais perigoso para se trabalhar como jornalista. Com o alto número de mortes, a situação brasileira é considerada pior que a do Afeganistão, Iraque ou Gaza, cujos territórios enfrentam situação de guerra. Somados, os assassinatos nesses três países alcançam o número de oito. O cenário brasileiro apenas é superado pela Síria, Somália e Paquistão, segundo informações do O Estado de S.Paulo.
Os dados foram levantados pela organização não governamental Campanha Emblema para a Imprensa, que trabalha pela defesa de maior proteção a jornalistas em locais de risco. Com sede em Genebra, a entidade estima que 2012 bateu recorde de assassinatos de jornalistas no mundo. No total, foram 139 mortes, em 29 países. O número mundial é 30% superior ao de 2011 e representa cerca de duas vítimas a cada semana. Conforme a instituição, este foi o ano mais sangrento para a categoria desde a Segunda Guerra Mundial.
Na Síria, nos últimos 12 meses, foram mortos pelo menos 36 jornalistas, dentro os quais 13 eram estrangeiros. Na Somália, esse índice chegou a 19, enquanto no Paquistão, 12 jornalistas foram assassinados. No México, que enfrenta uma guerra contra o narcotráfico, os números se igualam aos brasileiros.

Comentários