O segundo dia de debates do Congresso Nacional de Jornalistas iniciou por volta das 9h40h. A palestra de abertura 'O Judiciário na contramão dos avanços democráticos- A desregulamentação da profissão' teve como palestrantes João dos Passos Martins Neto, jornalista e procurador-geral de Santa Catarina; Manoel Carlos Chaparro, doutor em ciências da comunicação e professor aposentado da USP e o deputado federal Ibsen Pinheiro. O mediador do painel foi o jornalista Prudente José Melo.
Chaparro iniciou sua explanação questionando "Qual é a razão de ser específica do jornalista?" Também discorreu entre as diferenças de ser jornalista na ditadura e na democracia. Para ele, independentemente do diploma, se os profissionais não tiverem consciência do seu papel, nunca conseguirão fazer um jornalismo com independência. 
Para Martins Neto, quem tinha que decidir sobre a necessidade ou não do diploma era o Congresso Nacional. "A alteração na lei já tem um ano e eu não vi nenhuma diferença na forma de divulgar a informação". O que vai fazer a diferença em relação à liberdade de expressão é, segundo ele, o maior ou menor número de veículos. 
O deputado federal Ibsen Pinheiro iniciou sua fala agradecendo o convite para discutir o assunto, que tem sido abordado em sua prática parlamentar. Criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a obrigatoriedade do diploma, e lembrou que para se decidir por todos é preciso subir num banquinho, falar com todos e se denominar político. "Dizer que o diploma para o exercício da profissão de jornalista fere o direito à liberdade de expressão é o mesmo que dizer que a carteira de motorista fere o direito de ir e vir do cidadão", ressaltou. Ao final, destacou que acredita que a batalha será vitoriosa.
Na sequência acontece uma miniconferência sobre a história da regulamentação da profissão, ocorrida há 40 anos. A palestra será conduzida pelo ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul Lucídio Castelo Branco.
Esteve presente no Congresso acompanhando a discussão o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Torma. O 'Encontro Latino-americano de Jornalismo', programado para o final da tarde de ontem, foi transferido para esta sexta-feira, 20, a partir das 14h.
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