Jornais investem em pesquisas eleitorais

Enquanto o CP vê a ferramenta como decisiva no processo, ZH diz que é apenas mais um elemento em sua cobertura

Como acontece em época eleitoral, a imprensa tem dado bastante destaque às pesquisas eleitorais, publicando índices de aprovação e rejeição de candidatos, simulando segundo turno e mostrando comparativos com números anteriores. O diretor de Redação do Correio do Povo, Telmo Flor, afirmou ao Coletiva.net que é tradição no veículo a ênfase a esta ferramenta de cobertura. "O CP já teve até instituto próprio, e publica pesquisas pois acredita nelas", explicou, reforçando que os levantamentos têm se confirmado em eleições passadas.
Por sua vez, a direção de Zero Hora não vê a ferramenta como decisiva no processo. De acordo com o editor-chefe Nilson Vargas, as pesquisas são apenas mais um item do seu mix de iniciativas sobre o assunto. "Isso nunca será manchete de capa. No máximo, ganhará uma chamada, mas sempre de forma sóbria. Para a ZH, os levantamentos são apenas uma fotografia do atual momento das eleições", esclarece. Ele ressalta que os estudos têm importância, sim, mas não os vê como determinantes ou definitivos.
O Correio do Povo trabalha atualmente em parceria com o Instituto Methodus, enquanto Zero Hora contrata outras duas empresas, Datafolha e Ibope. Ambos defendem que seus veículos sempre deram espaço para pesquisas eleitorais e que nada mudou neste quesito. Enquanto o diretor do jornal do Grupo Record diz que sua cobertura é tradicional, o do Grupo RBS destaca seu editorial, publicado uma vez ao ano, em que apresenta como será sua atuação no período.
Novas pesquisas devem ser publicadas nos dois impressos, mas nenhum deles revela datas. O CP prepara novo levantamento em Porto Alegre e no Interior do Estado, enquanto ZH terá foco na capital gaúcha, pois já realizou estudos em outras regiões. "Damos ênfase a locais em que a RBS tenha atuação forte do seu mix de veículos", disse Nilson.

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