Os pontos que unem meio ambiente, jornalismo e universidade

Temática pontuou mesa redonda que integrou estudantes e profissionais das áreas ambiental e da comunicação

Beatriz, Bruna, Lisete, Mário, Roberto e Edelberto | Crédito: Divulgação
Profissionais e estudantes de jornalismo participaram na manhã deste sábado, 8, da mesa-redonda "A temática ambiental no jornalismo atual: a interface entre a academia e o mercado". A promoção reuniu cerca de 80 pessoas e tinha o objetivo de atrair a atenção dos estudantes universitários para o Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental, que inclui premiação para trabalhos publicados na academia. A iniciativa é da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES/RS), Associação Riograndense de Imprensa (ARI), onde se realizou o evento de sábado, e Braskem.
Com mediação do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mário Rocha, a mesa-redonda foi composta pelos docentes Beatriz Dornelles, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); Bruna Teixeira da Silveira, da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); Edelberto Behs, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Lisete Ghiggi, do Centro Universitário Metodista (IPA); e Roberto Villar, do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter).
O atual formato da cobertura jornalística na editoria de Meio Ambiente foi um dos assuntos destaques durante o debate. Para os profissionais, há uma deficiência na investigação e aprofundamento de dados nas matérias com foco ambiental. Beatriz Dornelles destacou que o tema ambiental deve ser pauta de todas as editorias e que é necessário fugir do viés de comercialização ambiental, ou seja, abordar o Meio Ambiente apenas sobre o que podemos ganhar ou perder com base no lucro. "É necessário explorar mais a causa e o efeito. Temos inúmeros dados de estudos acadêmicos disponíveis, está faltando por parte do mercado de trabalho, ou seja, dos jornalistas, aproveitarem melhor a produção acadêmica que apresenta inúmeros dados importantes em relação ao Meio Ambiente", destacou a professora.
Bruna disse que a mudança somente será possível a partir da transformação cultural. "Para isso, precisamos investir na formação dos futuros profissionais para que sejam os disseminadores desta nova prática de comunicar. É preciso integrar as áreas de conhecimento, tornar a produção mais reflexiva e investigativa, eliminando a atual superficialidade que está sendo tratada a questão ambiental", mencionou. Na mesma linha de pensamento, Roberto Villar destacou que, diante de um cenário tecnológico em expansão, a convergência de mídias torna-se importante ferramenta de busca e disseminação de informação. "O Jornalismo Ambiental vive uma era de ouro, porque temos a oportunidade de exercer o verdadeiro jornalismo. A internet permite dar aprofundamento e amplitude na forma de comunicar, a partir de ferramentas avançadas de divulgação", afirmou o professor e jornalista.
Além de contar como hora extracurricular, a mesa-redonda foi ofertada gratuitamente. Para saber mais sobre o Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental, visite a página http://premiojornalismoambiental.com.br/.

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