O Tambor da Aldeia, boletim semanal da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), destaca o caso do repórter Guilherme Pulita, da Rádio Caxias, que foi impedido de cobrir uma ação da Polícia Federal. Os agentes federais estavam saindo para desmontar uma rede de tráfico de drogas que teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Pulita estava próximo à delegacia quando viu a movimentação. Segundo um diretor da emissora, "algumas pessoas pediram para ele sair do carro e o levaram a uma sala, onde permaneceu durante meia hora pelo menos, sem explicações".
Pulita teria perguntado aos agentes o motivo de sua detenção, porém os homens respondiam que ele não estava detido, mas que também não poderia sair. O repórter só foi liberado após a chegada do delegado Noerci Melo, que declarou que o repórter não foi detido, e, sim, orientado a aguardar sua presença em uma sala do prédio da delegacia. "A operação tinha alvos sensíveis, perigosos, envolvidos com facções criminosas. Sempre temos o cuidado de, primeiro, preservar a vida das pessoas, dos cidadãos, dos policiais e dos jornalistas. O direito à vida é mais importante que o de liberdade de imprensa", explicou o oficial.
Na seção 'Pelo mundo', o boletim eletrônico registra a proposta de um tratado global, apresentado pelo Conselho da Europa, responsável pela legislação de direitos humanos no continente. O documento, que institui doze "princípios de administração da internet", foi divulgado durante o Internet Governance Forum. Algumas das medidas propostas são a cooperação entre países a fim de garantir a liberdade de expressão, a neutralidade sobre o tráfego na rede, além de proteção a interferências políticas. O Conselho da Europa é composto por 47 Estados-membros.
A ARI disponibiliza o email [email protected] aos profissionais e estudantes da comunicação social que tiverem interesse em colaborar com denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.