Sem acordo, jornalistas têm nova proposta salarial

Entidades patronais rejeitaram decisão de assembleia da categoria

SindJors aguarda avaliação da proposta apresentada em reunião | Crédito: Bruna Fernanda Suptitz/SindJors
Em reunião nesta segunda-feira, 3, representantes dos sindicatos das Empresas de Rádio e Televisão (Sindirádio) e das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas (Sindijore) rejeitaram a sugestão apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJors) para o acordo coletivo deste ano. A categoria pedia aumento real de 1,5% para o piso salarial na Capital e no Interior e reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 8,76%, referente à data-base em 1º de julho. Em contrapartida, as entidades patronais ofereceram aumento de 9% para os pisos e o reajuste da inflação para as demais faixas salariais.
Segundo o Sindicato dos Jornalistas, as entidades também recusaram a concessão de benefícios como licença-maternidade de 180 dias e vale-cultura, argumentando falta de lucro e crise econômica. O SindJors, por sua vez, propôs que o reajuste do piso na Capital seja feito com base na inflação acumulada no mês de julho, ou seja, 9,31%. Dessa forma, o valor passaria dos atuais R$1.956,00 para R$2.138. Para o Interior, o indicativo é que seja mantido o mesmo valor, em reais, do reajuste praticado em Porto Alegre, passando de R$1.665,50 para R$1.847,00, o que representaria incremento de 10,8%. A proposta será analisada pelas entidades patronais.
Com base em dados do Dieese, o Sindicato dos Jornalistas lembra que os acordos coletivos realizados neste ano, no Rio Grande do Sul, tiveram aumento real médio de 0,60%. Foram 28 negociações coletivas registradas entre janeiro e junho, cujos índices de reajuste variam da inflação acumulada no período a aumento real de 2,54%.

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