Aracruz vende unidade de Guaíba para empresa chilena CMPC

Ativos compreendem uma fábrica de celulose e outra de papel

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Os administradores da Aracruz assinaram nesta quinta-feira, 8, com a empresa chilena CMPC o contrato de venda das instalações industriais, terras e florestas que formam a unidade Guaíba no Rio Grande do Sul. Os ativos compreendem uma fábrica de celulose com capacidade de produção de aproximadamente 450 mil toneladas anuais e uma fábrica de papel com capacidade produtiva de cerca de 60 mil toneladas/ano. Os detalhes do acordo foram divulgados em 15 e 22 de setembro.
Há ainda terrenos com uma área aproximada de 212 mil hectares (dos quais, 32 mil hectares compreendem áreas arrendadas, em parceria ou de fomento) e mais licenças e autorizações para a execução de um projeto de expansão da fábrica de celulose, de modo a elevar sua capacidade de produção anual para cerca de 1.750 mil toneladas.
O preço de venda da Unidade Guaíba é de US$ 1,430 bilhão, com pagamento em duas parcelas. A primeira delas no valor de US$ 1 bilhão, quando da conclusão da negociação, previsto para ocorrer em 15 de dezembro de 2009. A segunda, no valor de US$ 430 milhões, será paga no prazo de 45 dias contando da data do pagamento da primeira parcela, corrigida à taxa de 7,5% ao ano.
Apesar da venda, a Aracruz manteve ativos da ordem de US$ 180 milhões em equipamentos industriais que haviam sido adquiridos para a expansão daquela unidade, os quais serão utilizados em projeto de expansão que porventura venha a ser considerado. O momento e a sequência da entrada dos projetos de expansão estarão sujeitos, contudo, às condições de mercado e ao compromisso da companhia de contribuir para a disciplina da expansão da indústria de papel e celulose.
Simultaneamente, a Aracruz está reestruturando os seus passivos com o objetivo de adequar os vencimentos futuros à sua geração de caixa. A combinação destes dois eventos reposiciona a estrutura de capital e o perfil da dívida, além de criar condições para a retomada do crescimento através de projetos com retornos elevados e para a reconquista do grau de investimento, diz a empresa em nota ao mercado.

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