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Criativo defende que agências devem estar abertas para ideias inovadoras
Palestra com Marcos Medeiros, da agência Crispin Porter Bogusky Brasil, foi promovida pela Abap
Marcos Medeiros | Divulgação/Coletiva A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap-RS) promoveu nesta quinta-feira, 29, um bate-papo com o sócio e diretor de Criação da Crispin Porter Bogusky Brasil (CP+B Brasil), Marcos Medeiros. Para um público de mais de 100 pessoas, o profissional declarou que o problema de muitas agências brasileiras está na resistência em ceder e acompanhar as transformações, e defendeu que as empresas precisam estar abertas para ideias criativas. "Medo de mudar é mais nocivo do que tentar e errar", garantiu ao auditório do The Place Moinhos, em Porto Alegre. O profissional apresentou dados sobre o consumo de mídia da última pesquisa da Media Dynamics. Conforme o estudo, as pessoas consomem mais de 20 mil mensagens por dia. Em contrapartida, um levantamento do The Guardian registrou que 99% do conteúdo não causa impacto no receptor. A partir destes números, Medeiros informou que a população jovem, entre 15 e 24 anos, não admite a interrupção no consumo de conteúdo, e que este comportamento precisa ser considerado. "No momento em que as pessoas estão pagando para não ver propaganda, você deve ficar atento. Isso se reflete em como a marca está sendo vista", destacou. O criativo afirmou que nunca foi tão divertido trabalhar com propaganda, pois, antigamente, o exercício profissional se limitava em pensar uma campanha para rádio, televisão, jornal e revista. Ele falou, ainda, que existem infinitas possibilidades de entrega, que não se restringem às plataformas tradicionais e aos modelos convencionais. Para exemplificar, apresentou o case da marca de batatas congeladas McCain. "Eles nos pediram uma ação e nós entregamos um novo produto, porque batatas todos vendem, mas em formato de emoji só a McCain", disse, e reforçou que se tivessem seguido o modelo de negócio antigo, não teriam inovado. Em relação à venda de uma ideia, Medeiros ressaltou que, antes de qualquer coisa, os criativos precisam estar apaixonados por ela. Caso contrário, o cliente não embarca na inovação sugerida. Além disso, explicou que o convencimento de que o novo vai dar certo se dá pela apresentação de pesquisas e cases semelhantes que deram retorno positivo às marcas, bem como ensinar o cliente a pensar de forma mais aberta. "Afinal, não faz sentido não acompanhar as transformações", finalizou.