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Após encerrar versão impressa, The Independent volta a dar lucro


Seis meses depois de colocar fim à sua edição impressa, o jornal britânico The Independent contornou o prejuízo e voltou a dar lucro. Em entrevista ao Financial Times, o publisher Evgeny Lebedev explicou que a redução de custos devido ao fim da infraestrutura necessária para a impressão contribuiu para o resultado e proporcionou mais flexibilidade à empresa. "Ainda é cedo, mas os primeiros seis meses mostraram que sendo mais ágeis e focados digitalmente, nós conseguimos servir melhor nossa nova audiência online, que é muito maior".
Segundo informou a empresa, a receita de anúncios digitais do Independent cresceu 45% no período, na comparação com o ano passado. A expectativa é que encerre o ano em 20 milhões de libras - cerca de R$ 77,7 milhões).  Dados da ComScore indicam que o número de usuários únicos mensais do The Independent cresceu de 15,8 milhões em fevereiro para 16,2 milhões em agosto, além de ter atingindo um pico de 21 milhões em junho, às vésperas do referendo que decidiu o Brexit. Os números colocam o Independent atrás de periódicos britânicos como o Daily Mail, que lidera com 26,4 milhões em agosto, e The Guardian, com 24 milhões.
A última edição impressa do Independent circulou em 26 de março deste ano. A publicação, fundada em 1986, passou por uma restruturação, com demissão de 110 dos cerca de 200 jornalistas - e 10 novos contratados para as operações no meio digital.

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