1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Eu sou a legítima apreciadora de boas histórias e testemunha ocular da notícia. Me chamo Nathália Pase, tenho 22 anos e sou natural de Gramado, na Serra Gaúcha. Apesar de as pessoas se impressionarem com o fato de eu ter nascido lá, não costumo ir muitas vezes durante o ano. Mesmo assim, tenho um carinho muito grande pela cidade e pelo frio que ela proporciona. Atualmente, trabalho como repórter setorista de política no Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues, em Brasília. Minha prioridade aqui é fazer a cobertura do Senado Federal e do Itamaraty.

2 - Como se deu a escolha pelo Jornalismo?

Por muito tempo, foi uma negação. Quando criança, eu tinha o sonho de ser bióloga. Durante o ensino fundamental e médio, fui aprimorando o interesse pela leitura e me destacando em redações na escola. Ao passar dos anos, surgiu o interesse por edição de vídeo e a vontade de cursar Cinema. Não posso afirmar aquela frase que muitos jornalistas dizem, de que o jornalismo estava presente desde cedo em minha vida. Ele foi acontecendo aos poucos, pela admiração, pelo interesse por tudo que estava acontecendo no mundo e por todas as opções que a profissão permite: poderia exercer texto, edição de vídeo e todos os outros desafios que o Jornalismo me apresentou durante a faculdade (e segue agora, depois de formada). Entrei na Famecos/PUC com a intenção de trabalhar em uma redação de jornal impresso. Terminei a graduação tendo experiência em veículos e editorias que nunca imaginei exercer, como rádio e política.

3 - Como foi o processo para integrar a equipe do site Poder360, em Brasília?

Simplesmente aconteceu. Por mais clichê que possa soar, realmente foi assim. Eu estava no final do meu último contrato como estagiária na Band em Porto Alegre e com a colação de grau batendo na minha porta. Diante disso, o medo do futuro me fez procurar outras oportunidades, com a ajuda de pessoas incríveis, principalmente dos meus professores da Famecos. E assim, a FêCris me avisou que o portal estava selecionando repórteres de política e economia. Enviei um e-mail para um dos meus atuais chefes, sem pretensão alguma, colocando-me à disposição para aprender e também para me mudar para Brasília. Duas semanas depois, recebi a ligação que me fez embarcar em um avião e viajar mais de dois mil quilômetros para mudar totalmente de vida.

4 - O que esta oportunidade representa na sua carreira?

É um pontapé inicial que não consigo dimensionar. Nunca imaginei que, tão cedo, iria me tornar setorista de assuntos tão importantes como política e questões de relações exteriores. É um aprendizado diário, já que recém saí da faculdade e não sou nenhuma especialista com anos de carreira. E como não há receita pronta no Jornalismo, essa oportunidade representa a certeza de que fiz a escolha certa: na profissão, na vida e no fato de não ter medo de enfrentar novos desafios.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Para mim, é uma pergunta quase sem resposta. Digo isso, pois, da mesma forma que a minha vida mudou totalmente em apenas duas semanas, não sei o que esperar para os próximos cinco anos. Pretendo continuar estudando e me especializar o quanto antes em temas como economia, direito e ciência política, já que em um mundo globalizado, acredito que seja de extrema importância, para um jornalista, adquirir instrumentos de análise para saber lidar criticamente com questões internacionais, com a conjuntura internacional em si. Sobre minha carreira, não sei se estarei ainda em Brasília, no Rio de Janeiro ou, até mesmo, se terei voltado para Porto Alegre. Aprendi que preciso ter calma e viver um dia após o outro. Quem busca, encontra. E eu quero sempre buscar por mais: mais aprendizado, mais credibilidade e valorização da profissão, mais coragem para enfrentar novos desafios e continuar tendo amor pelo o que escolhi para a vida.