Cinco perguntas para Ricardo Machado

Jornalista é coordenador de Comunicação do Instituto Humanitas Unisinos, que responde pela revista IHU On-Line

Ricardo Machado | Crédito: Vlademir Canela


  1. Quem é você, de onde vem e o que faz?


Sou jornalista, judoca e apaixonado por Literatura. Trabalho, atualmente, no Instituto Humanitas Unisinos - IHU como coordenador de Comunicação, atuando, principalmente, na revista IHU On-Line e no site institucional. Trabalho aqui desde janeiro de 2013 e nesse período conseguimos implementar mudanças importantes na área comunicacional, dos quais destaco dois projetos de fôlego: 1) o novo site do Instituto Humanitas Unisinos - IHU (www.ihu.unisinos.br), um trabalho de dez meses que contou com migração para a nova plataforma de mais de 56 mil notícias; 2) o novo site da revista IHU On-Line (www.ihuonline.unisinos.br), que também contou com a migração de 499 edições do periódico para o novo formato. Ambos os sites são responsivos e adaptados à leitura em diferentes dispositivos.

  1. Como você decidiu cursar Jornalismo?


O desejo pelo Jornalismo vem da conexão de duas coisas que são muito caras para mim: a paixão pela palavra e o idealismo em um mundo mais justo. Não me considero um romântico, muito pelo contrário, sou um angustiado com a conjuntura nacional e internacional. Por outro lado, acredito no trabalho de informar as pessoas como uma tarefa cidadã, mostrar aquilo que parece óbvio mas que poucos percebem, debater o que ninguém debateu, e tentar pensar coisas novas. Isso é, no fundo, Jornalismo. Nossas sociedades produzem, diariamente, mais informação do que se produzia durante um século inteiro no começo da modernidade. No entanto, não somos necessariamente mais bem informados. Um exemplo claro disso é que se canonizam proporcionalmente mais pessoas agora que na Idade Média. Fazer Jornalismo é, de algum modo, trazer luz à obscuridade que ronda nossos dias.

  1. O que significa para o Instituto Humanitas Unisinos ter uma publicação que chegou à 500ª edição?


A revista IHU On-Line tem uma longa trajetória de debates nesses 17 anos em que é publicada. Faço parte de um período mínimo da revista, embora isso seja motivo que muito me orgulha. Particularmente considero uma marca importante os 500 números, principalmente se levarmos em conta que se trata de uma publicação no nível de profundidade da IHU On-Line. Isso só se tornou possível devido a um trabalho sério e comprometido de todas as pessoas que já passaram pela revista ao longo de todo esse período e do entusiasmo e astúcia do Inácio Neutzling, idealizador e diretor da revista.

  1. Quais suas experiências anteriores como jornalista?


Trabalhei na redação do Grupo Sinos entre 2011 e 2013. Comecei na editoria de Geral, que é uma grande escola de Jornalismo, e depois fui para a editoria de Política, trabalhando, inclusive, como colunista interino. Recebi convites para trabalhar na redação de um grande jornal da Capital, mas na época estava iniciando o mestrado e optei por vir trabalhar dentro da própria universidade. Desde então, estou no Instituto Humanitas Unisinos - IHU. Antes disso, trabalhei como freelancer e webwriter para diferentes publicações.

  1. Quais seus planos para os próximos cinco anos?


Planos são coisas muito instáveis. Prefiro ir lidando com as situações cotidianamente e em um período mais curto. Concretamente, pretendo concluir a especialização em Filosofia, que já está próxima de acabar, e concluir o doutorado em Comunicação na Ufrgs, especificamente na área de Cultura e Significação, cuja jornada de quatro anos começou em março. Ainda que isso não esteja na pergunta, espero que nos próximos cinco anos possamos retomar um nível de empregabilidade mais justo e que possamos debater as questões de nosso tempo, que não são poucas, com menos ódio e mais desejo de compreensão.

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