Fórum ARP inicia com debate sobre Criação

Novas mídias são maior preocupação dos criativos

Teve início às 10h o I Fórum ARP de Mercado, com uma aprsentação do presidente da Associação Riograndense de Propaganda, João Paulo Dias, seguido de painel sobre Criação, que Jopa classificou como a essência do negócio. Foram 60 inscritos, o que representa a lotação máxima do llocal, o auditório da sede da TGD. O presidente da entidade disse que o Fórum vem para complementar a Semana da Propaganda: "A Semana era o único grande momento de trocar idéias sobre o mercado e avaliar conceitos e concepções". Ele adiantou que este ano o encontro se chamará Semana da Comunicação, se adequando à dimensão que já atinge. Jopa agradeceu a parceria da TGD que, além de ceder o local,  realizou toda a cenografia, e aos veículos, como Coletiva.net, que acompanham o evento.


Participaram do primeiro painel os diretores de Criação Alexandre Assunção, Eduardo Axelrud, Roberto Callage, Ricardo Silvestrin e Saul Duque. O tema principal do debate foram as novas mídias. Assunção disse que a Criação precisa "renascer" nesta era de comunicação digital, pois o novo consumidor está interessado em "grandes idéias" e é "imunizado" à propaganda tradicional, chegando até a refutá-la. "O consumidor está ligado nas grandes idéias e não às grandes estratégias de Planejamento", disse.in


Axel defendeu que a Criação nunca morreu, e disse acreditar que o consumidor sempre precisou de idéias diferenciadas. Como exemplo, citou o vídeo criado pela Escala para a Secretaria Estadual da Saúde, para veiculação no YouTube, um case premiado de marketing viral. Lembrou que a agência já havia tido uma experiência viral, "sem querer nem saber", com uma campanha do banco Meridional, em 1997. O jingle da ação tem mais de 400 mil sites relacionados no Google até hoje, como uma mensagem de otimismo.


Callage acredita que estamos vivendo a maior revolução já observada no negócio, pois os novos consumidores transitam por várias mensagens e canais, o que levou a Propaganda a se segmentar em tendências: "Antes, era tudo muito intuitivo, já dominávamos TV, rádio e mídia gráfica, agora temos que buscar alternativas para internet, celular. Os virais são uma opção, mas em casos muito específicos. A convergência também é uma tendência, mas a Comunicação ainda vai se dar de forma esquartejada em muitos casos".


Por sua vez, Silvestrin destacou que, além dos aspecto da interatividade, o "tosco" ganhou espaço na Publicidade, citando o próprio vídeo da Escala para o Governo. Esse fator permitiria a qualquer pessoa criar uma mensagem com baixíssimo custo. Ele também falou sobre a "releitura de problemas". Segundo o criativo, muitas vezes, a chave não está em ter uma grande idéia, mas no entendimento do problema. Exemplificou com dois cases dos clientes da GlobalComm, o Fórum da Liberdade e a Jornada Literária de Passo Fundo, eventos que se colocavam na mídia como locais, mas que na verdade podem ter um alcance global.


Duque também remeteu a uma campanha de 10 anos atrás. Abordou a ação criada pela Dez para o cursinho pré-vestibular Universitário. Segundo ele, se fosse criada hoje a campanha certamente se aproveitaria das novas mídias e teria um efeito multiplicador. Ele entende que é preciso sair da "zona de conforto" na hora de criar, é preciso absorver as novas mídias e entendê-las como outras alternativas além do digital: "É necessário pensar no inox, por exemplo, que é a mídia indoor de banheiro. Como o público que está numa festa e recebe uma mensagem quando vai ao banheiro entende essa informação? Não se pode também pensar nessas mídias como forma de reduçào de custos, e sim como alternativa".


O próximo painel terá início às 14h30min, com o tema Gestão de Agências.

Comentários