Governo do Estado, PC e MPRS lançam ações para investigar e punir quem propagar fake news sobre enchentes

Notícias e perfis falsos, além dos golpes on-line espalhados pelas redes sociais atrapalham trabalho de equipes de salvamento e geram instabilidade na população

Governo do Estado criou força-tarefa de checagem e contestação de fake news - Crédito: Banco de Imagens/Canva

O governo do Rio Grande do Sul, em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) colocaram em curso ações para investigar, responsabilizar e punir os responsáveis por propagar fake news sobre as enchentes que atingem o Estado. As notícias e perfis falsos, além dos golpes on-line espalhados pelas redes sociais estão atrapalhando o trabalho das equipes de salvamento e gerando instabilidade na população.

O governo do Estado criou uma força-tarefa de checagem e contestação de fake news. As informações são identificadas, monitoradas e apuradas por uma equipe de Comunicação. Quando a checagem é concluída, os conteúdos são disponibilizados para grupos com a imprensa e nos perfis oficiais da administração pública estadual nas redes sociais.

Também foi estabelecido um canal direto com a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, para avaliar e denunciar perfis que atuam na criação e amplificação de conteúdos falsos ou descontextualizados. A parceria tem como objetivo auxiliar no controle de publicações com dados incorretos que circulam desde o início das enchentes no Rio Grande do Sul.

Conforme o governador Eduardo Leite (PSDB), há aproveitadores que usam da sensibilidade das pessoas para aplicar golpes e espalhar notícias falsas. "O governo do Rio Grande do Sul, os órgãos da Segurança Pública e da Justiça estão unidos para identificar, denunciar e tomar as devidas medidas para que essas pessoas sejam devidamente punidas", afirmou.

Ações:

A Polícia Civil conta com um canal exclusivo para receber denúncias de notícias falsas. A população pode colaborar com informações para a Delegacia On-line, por meio do e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp da corporação (51) 98444-0606. As denúncias serão investigadas e, em caso de comprovação, os responsáveis serão punidos.

O governo também articulou ações em parceria com a Polícia Civil para que quem criar informações e perfis falsos da administração pública seja investigado e, caso comprovado, responsabilizado. A corporação já investiga oito casos de fake news relacionadas às enchentes, como: a exigência de nota fiscal para doações; multa a veículos de apoio ao salvamento; necessidade de licença para pilotagem de barcos e jet skis em operações de resgate e fiscalização de marmitas para desabrigados.

O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, afirma que a instituição está intensificando as investigações de fraudes digitais e compartilhamentos de fake news. "A divulgação de notícias falsas geram pânico e preocupação, muitas vezes turbinados por pessoas irresponsáveis ou que disseminam de forma dolosa informações mentirosas e geram pavor social", afirma.

O delegado pede à sociedade que não encaminhem, mesmo que inocentemente, mensagens que não podem ser confirmadas, pois muitas delas estão vinculadas a questões graves e preocupantes, mas que não têm uma origem verdadeira, e as pessoas, por falta de informação ou porque não checam a fonte, fazem a divulgação. "É importante que entendam que essa divulgação de fake news gera um certo caos social, porque gera uma preocupação generalizada na sociedade, e isto precisa ser evitado", reforça.

O MPRS está tomando diferentes medidas administrativas e judiciais para combater as informações falsas que estão sendo divulgadas em redes sociais envolvendo questões relacionadas às enchentes. Nos últimos dias, a instituição identificou várias contas falsas cometendo esse tipo de crime.

O Subcorregedor-geral, Ricardo Valdez, ressalta que é fundamental, neste momento que o Rio Grande do Sul vivencia, que se possa ter informações seguras e informações corretas. "O Ministério Público está buscando rapidamente reparar as situações e, sobretudo, estar atento, para que possa filtrar, nesse universo tão imenso de informação, aquilo que realmente importa", afirma.

Conforme Ricardo, o importante é que as fake news sejam barradas, para que não sigam desinformando. "Responsabilização certamente é um segundo passo, porque os fenômenos da natureza podem se repetir e a gente precisa que a população atenda esses comandos de transparência."


Em decorrência da tragédia que atinge o Estado, considerada a maior da história do Rio Grande do Sul, Coletiva.net optou por mudar, provisoriamente, seu olhar editorial. Por tempo indeterminado, o noticiário do portal se focará em dar luz aos acontecimentos relacionados às chuvas e enchentes no mundo da Comunicação. Além disso, destacará a editoria Panorama como uma fonte de serviços. Vale ressaltar que nossos canais estão abertos a todas empresas de nosso ecossistema e comunicadores que queiram noticiar suas iniciativas em prol da população afetada. Informações excepcionais, não relacionadas ao episódio climático, também serão contempladas.

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