Mesmo com a possibilidade de queda de preços nos tablets, em razão de desoneração tributária anunciada pelo governo, o varejo brasileiro tem expectativa de boa movimentação de negócios com a chegada do iPad 2, da Apple, a partir da próxima sexta-feira, 27. O aparelho será oferecido a R$ 1.649, na versão mais barata. A mais cara sai por R$ 2.599. As unidades que agora serão comercializadas são importadas, mas a expectativa é de que os aparelhos sejam produzidos no País em breve, beneficiando-se da desoneração tributária. A iniciativa pode resultar na redução de até 36% nos preços.
Pelo menos cinco empresas devem fabricar tablets no Brasil - Samsung, Motorola, Moove, Multilaser, Semp Toshiba e ZTE. A previsão é de que a produção brasileira ganhe força a partir do segundo semestre. Também LG, Positivo e Itautec divulgaram que terão tablets no mercado a partir de julho. As duas primeiras, no entanto, ainda não decidiram se vão oferecer manufatura nacional ou se vão importar os produtos. Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, a lista de empresas interessadas em entrar no negócio de tablets no país é maior: 12 empreendimentos teriam se manifestado neste sentido.
De acordo com o instituto de pesquisas Gartner, a previsão é de que as vendas de tablets no mundo, em 2011, cheguem a 70 milhões de unidades, quatro vezes mais do que os 17,6 milhões do último ano - apenas cem mil unidades no Brasil. Por enquanto, a esperança de incremento da performance comercial da tábua de Steve Jobs no País reside na Foxconn, fabricante terceirizada no Brasil e responsável pela pressão junto ao governo para redução de impostos. A aposta é de que a produção da empresa taiwanesa torne o aparelho mais competitivo por aqui.