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No aniversário de 30 anos do computador, IBM diz que este segue caminho da vitrola e da máquina de escrever

Trinta anos atrás, em 1981, a IBM apresentava ao mundo o primeiro PC com MS-DOS. Hoje, IBM e Microsoft têm visões bem diferentes sobre o futuro do PC. Mark Dean, um dos 12 engenheiros da IBM que projetaram a máquina pioneira, diz que os PCs estão "seguindo o caminho da válvula, da máquina de escrever, dos discos de vinil, do monitor de tubo e das lâmpadas incandescentes". A Microsoft, que vendeu 400 milhões de licenças do Windows 7, fica um tanto aborrecida com previsões de que os PCs estão fadados a se tornar, em breve, peças de museus no mundo das novas tecnologias. "Eu prefiro pensar numa era PC-plus", escreveu o vice-presidente de comunicações corporativas da Microsoft, Frank Shaw, em blog pessoal. Na visão da Microsoft, é a era do PC mais Bing, Windows Live, Windows Phones, Office 365, Xbox, Skype e o que mais vier. Shaw diz que ainda mantém seu primeiro computador, um IBM Personal Portable que roda MS-DOS 5.1.

A questão, no entanto, não envolve máquinas, mas uma mudança de posicionamento da tecnologia, de acordo com o engenheiro Dean. "Os PCs estão perdendo o lugar de centro da computação não por outro tipo de aparelho - embora haja muito entusiasmo sobre smartphone e tablets -, mas por novas ideias sobre o papel que a computação poderá ter neste processo", escreveu. Ou seja, para Dean a inovação não está mais nos aparelhos, mas nos espaços sociais por eles disponibilizados, onde pessoas e ideias encontram-se e interagem. São nestes espaços que são registrados, agora, os grandes impactos oferecidos pela computação sobre a economia, a sociedade e a vida das pessoas.

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