A quarta edição do Índice de Desenvolvimento Estadual (iRS) revelou recuo na qualidade de vida, atingido pela crise na economia e com a crescente dos casos de homicídio no Rio Grande do Sul. O indicador é resultado da parceria entre o jornal Zero Hora e a PUC, com apoio institucional da Celulose Riograndense.
Lançado nesta terça-feira, 15, na sede do Grupo RBS, o estudo apontou que o Estado teve o segundo ano consecutivo de queda na qualidade de vida da população, destoando da média nacional. Elaborado com dados de 2015, o documento mostrou que os gaúchos permaneceram em quarto lugar (0,646) no ranking geral, distanciando-se de Santa Catarina (0,691) na terceira colocação, enquanto o Paraná (0,643), na quinta posição, aproximou-se.
Para o coordenador do curso de Economia da PUC, Ely José de Mattos, a ideia deste projeto é provocar o debate e não encerrá-lo, pois não existe consenso nesta área. "O que buscamos é incentivar a sociedade para que discuta, para que seja protagonista diante dos desafios que temos pela frente", afirmou o profissional, que está à frente da equipe que elabora o iRS.
O Rio Grande do Sul manteve as posições nas dimensões avaliadas: quinto em Padrão de vida (0,617) e terceiro em Longevidade e Segurança (0,720). A Educação, quesito onde o Estado tem sua pior pontuação, permaneceu na oitava posição (0,608). O CEO de Mídias da RBS, Claudio Toigo Filho, disse que o iRS é um exemplo nítido do propósito da empresa. "O Grupo existe para fazer Jornalismo e entretenimento para melhorar a vida das pessoas. E fazemos isso promovendo a discussão, para que a gente possa trabalhar juntos para o desenvolvimento de um Estado melhor."
O aperfeiçoamento metodológico na dimensão da educação é uma das novidades da pesquisa deste ano. Foram agregadas a análise de uma taxa de matrícula e o grau de distorção entre a idade ideal e a efetiva, no Ensino Médio, além de levar em conta o desempenho nas séries iniciais, avaliado pela Prova Brasil. Em 22 de agosto, em evento aberto ao público, na PUC, um fórum único irá discutir os resultados da quarta edição do iRS e as perspectivas para o Estado.