Segundo informou o site www.espacovital.com.br, o juiz Domingos Paludo, da comarca de Florianópolis, proibiu a Editora Abril de continuar veiculando uma propaganda nas rádios FM de todo o país, sob pena de multa de R$ 100 mil, para cada desobediência. O magistrado entendeu que "a publicidade agride princípios éticos, jurídicos e morais".

O anúncio radiofônico ilustra um diálogo entre pai e filha. A menina pergunta para o pai se pode trazer o "namorado para dormir em casa, passar a noite fazendo sexo selvagem e acordando a vizinhança toda". O pai autoriza, e ironiza: "Ufa, achei que ela ia me pedir o carro".

Para o promotor Fábio de Souza Trajano, subscritor da ação, existe uma inversão de valores no diálogo, porque "a propaganda ofende a instituição familiar". Ele fundamenta que "não se pode utilizar uma quebra de valores, a banalização das coisas, o descaso de algum pai com as filhas adolescentes, o desrespeito com os direitos dos outros apenas para vender veículos automotores". No fecho, o magistrado registra que "é de rigor que cesse, o quanto antes, o agressivo comercial, para que não forme escola esta má postura paterna e juvenil".