Rio Grande do Sul é o estado com maior número de casos de violência a jornalistas da Região Sul

Dados são de relatório lançado pela Fenaj, que traz um panorama sobre ataques contra profissional de Imprensa

Região Sul somou 30 episódios de violência - Crédito: Banco de Imagens/Canva

O número de casos de violência contra jornalistas caiu no ano passado, é o que mostra o relatório 'Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil', realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Porém, o Rio Grande do Sul é o estado com maior número de registros na região Sul. O estudo apresenta que, em 2023, 181 casos foram registrados no Brasil, o que representa uma queda de 51,86% comparado às 376 ocorrências de 2022. O lançamento ocorreu nesta quinta-feira, 25, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro (SjmRJ). O documento pode ser consultado aqui.

Segundo o relatório, a Região Sul somou 30 episódios de violência contra jornalistas, equivalente a 16,57% do total brasileiro. O Rio Grande do Sul foi o Estado com o maior número de ocorrências: 12, desbancando o Paraná, que ocupava a posição havia quatro anos, com 11.

Mesmo com a queda nacional dos casos, para a presidente da Fenaj, Samira de Castro, a realidade do dia a dia do trabalho dos jornalistas brasileiros ainda é preocupante. "As agressões à categoria e ao Jornalismo continuam e, em determinados tipos de violência, até aumentaram significativamente em 2023, quando comparadas ao ano anterior", afirmou.

A categoria das ameaças/hostilização/intimidações foi a violência mais frequente, em 2023. Foram 42 casos, equivalente a 23,21% do total, mesmo com a queda de 45,45%, em comparação com 2022, quando foram registradas 77 ocorrências. Ela foi seguida de perto pela Agressões físicas, com 40 episódios, representando 22,10% do total, nove a menos do que os 49 do ano passado.

Os casos de cerceamento à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais cresceram 92,31% no último ano. O número saltou de 13 ações ou inquéritos registrados em 2022 para 25 em 2023. Já a violência contra os sindicatos e os sindicalistas aumentou 266,67%, passando de três para 11 casos.

Preconceito

Em 2023, foram criadas as categorias LGBTfobia/transfobia e Perseguição. Houve três ocorrências de ataques transfóbicos e uma de ataque homofóbico. Também foi registrada uma situação de perseguição a um jornalista, por meio de variadas ações, de um mesmo agressor, com o objetivo de impedi-lo de trabalhar.

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