Sindicato pede à DRT fiscalização na Record

Entidade quer saber se é radialista o profissional que veio de São Paulo para atuar na TV

Nesta sexta-feira, 29, o Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul vai encaminhar à Delegacia Regional do Trabalho pedido de fiscalização sobre o registro profissional de Alexandre Mota, transferido de São Paulo para apresentar o Balanço Geral na Record do Rio Grande do Sul. Na manhã desta sexta, o diretor de Fiscalização do sindicato, Eloy Paiva, estará na sede da entidade para encaminhar a documentação. 


Nota oficial divulgada na manhã desta quinta-feira, 28, pela Uffizi, assessoria de imprensa da Record-RS, afirma que o profissional possui registro no Ministério do Trabalho como jornalista, além de ser diretor licenciado do sindicato paulista dos jornalistas. No entanto, o sindicato dos radialistas gaúchos alega que, como Mota está desempenhando funções de locutor/apresentador, é necessário que o profissional tenha o registro de radialista ou comprove que a graduação realizada contou com disciplinas específicas voltadas a radialismo.


O diretor da TV Record no Rio Grande do Sul, João Batista Rodrigues,diz não entender a polêmica criada pela entidade. "Mota não está fazendo locução, ele foi contratado como jornalista. Portanto, não devemos explicações ao Sindicato dos Radialistas", disse. João Batista ressaltou que não acha ético a emissora ficar passando documentação de seus jornalistas a outros sindicatos. "São categorias completamente distintas. Eles estão querendo interferir na função do profissional", afirmou. O diretor faz questão de deixar claro que se a entidade pedir esclarecimentos sobre profissionais da área, não terá problemas em atender à solicitação.


Segundo o diretor do Conselho Fiscal do Sindicato, Nerilson Tozzi, que está substituindo o presidente Antônio Edson Caverna, em férias, desde o início de fevereiro a entidade está tentando obter a documentação do apresentador, que substituiu o jornalista gaúcho Luiz Carlos Reche no comando o programa. A entidade recebeu denúncia de um grupo de jornalistas - não sabem se de São Paulo ou do Rio Grande do Sul - com a informação de que o novo apresentador do Balanço Geral não teria o registro.


Tozzi questionou a existência de registro junto à Feplam (Fundação Educacional e Cultural Padre Landel de Moura), que oferece cursos na área e possui listagem de profissionais habilitados no Rio Grande do Sul. A fundação informou que Mota não possui especialização para atuar em rádio e TV nem está matriculado no curso específico. O sindicalista disse à Coletiva.net que, em contato com o gerente de Jornalismo da emissora, Rogério Barolo, "deixamos claro que não estávamos fazendo perseguição a nenhuma pessoa, mas sim, cobrando o cumprimento da lei e solicitando que apresentem a documentação que comprove a formação adequada do profissional".

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