SindiRádio e radialistas rompem negociações

Sindicatos não chegam a acordo e profissionais negociarão em separado com cada empresa

Representantes do SindiRádio e do Sindicato dos Radialistas tiveram ontem mais uma rodada de negociação sobre o acordo coletivo. O presidente da entidade patronal, Ary dos Santos, apresentou sua contraproposta, que sugeria reajuste salarial de 2,71% para quem ganha até R$ 2 mil, de 2% para salários entre R$ 2.000,01 e R$ 5 mil e de valor fixo de R$ 100 para remunerações a partir de R$ 5.000,01. O sindicato dos trabalhadores não aceita porque entende que a proposta não agrega aumento real nos salários.


Sobre os pisos salariais, o SindiRádio propôs R$ 350 para as funções não-regulamentadas tanto em TV quanto em rádio, na Capital e no Interior. Para as rádios do interior, R$ 455,28 para as regulamentadas (exceto locutor) e R$ 477 para os locutores. Para as TVs do interior, R$ 563 para as funções regulamentadas. Na Capital, há dois grupos de funções. O primeiro ganharia R$ 583,88 e o segundo, R$ 693.


Com relação às cláusulas jurídicas, sociais e sindicais, o sindicato patronal diz ter optado pela manutenção e apresentou alteração de conceito e redação nas cláusulas intervalo de jornada, novas técnicas e equipamentos e autorização de desconto. O presidente do Sindicato dos Radialistas, Antonio Edisson Peres, o Caverna, rejeitou a proposta, já que para haver reajuste real, os aumentos deveriam ser de pelo menos 2,71%. A entidade trabalhista também queria mudança nas cláusulas jurídicas, sociais e sindicais que contemplassem remuneração e transporte noturno.


Com o impasse criado entre os dois sindicatos, as negociações foram rompidas. Caverna anunciou que irá viajar pelo interior do Estado, a partir desta segunda-feira, para negociar em separado com as empresas de radiodifusão.

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