Programa infantil mais antigo do Estado - está no ar há mais de duas décadas -, o Pandorga, da TVE, está próximo de se tornar uma atração nacional. O presidente da Fundação Cultural Piratini, Pedro Osório, e o diretor de programação da emissora, Guilherme Castro, confirmaram a Coletiva.net que o projeto está bastante avançado. "Estamos na parte final do orçamento", disse Castro, sem adiantar valores para a produção de um ano do Pandorga - 52 programas. A iniciativa está sendo desenvolvida com a TV Brasil, mas a transmissão nacional ainda depende de formalização de acordo com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que controla a emissora nacional.

Castro salienta que a produção será totalmente gaúcha. "A parte artística será totalmente reformada, com contratação de novos artistas, novos técnicos, com bonequeiros convidados", afirmou. No Pandorga, bonecos como Jura, Bete, Nina e Tuca apresentam quadros em que a participação da criança é valorizada. Reportagens, musicais e brincadeiras têm destaque na produção, que também recebe e apresenta e-mails, cartas e desenhos dos telespectadores mirins. Séries como o O Diário de Nina se tornaram memoráveis na história da TV gaúcha.

A possibilidade de o Pandorga ser distribuído nacionalmente ganhou força a partir do início deste ano, com a assinatura de termo de autorização de transmissão de sinais, sons e imagens entre a Fundação Piratini e a EBC. Ligada ao governo federal, a EBC, por sua vez, foi fortalecida com a redução de oferta de programas por parte da TV Cultura. Em junho de 2009, a programação da TV Brasil abastecia 55% das emissoras públicas nacionais. Em dezembro de 2010, com a crise instalada na TV Cultura, o índice havia alcançado 72%. A política de rede da TV Brasil prevê uma grade unindo programas próprios com aqueles produzidos pelas TVs locais.