O prefeito José Fortunati, acompanhado da comitiva gaúcha formada por deputados, senadores, e do secretário estadual de Planejamento, João Motta, discutiram, em reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, nesta quarta-feira, 16, a viabilidade técnica e financeira do projeto de implantação do metrô de Porto Alegre. O encontro ocorreu na sede do ministério do Planejamento, em Brasília. "Porto Alegre leva vantagem, pois já estamos discutindo o projeto há um bom tempo", destacou a ministra, lembrando as diversas reuniões realizadas entre prefeitura e governo federal ao longo de 2010, quando foram tentados recursos destinados à Copa para a iniciativa.
Fortunati manifestou expectativa de que o metrô seja incluído no PAC 2, da mobilidade urbana nas grandes cidades, lançado nesta quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff. "Saímos deste encontro muito confiantes de que o governo federal será parceiro na concretização deste sonho de Porto Alegre", comentou.
O programa tem como foco ações voltadas para Regiões Metropolitanas densamente povoadas, para projetos de transporte de massa e de grande impacto regional e cuja gestão não seja federal.  "Pelas diretrizes e critérios anunciados, que são os balizadores para seleção das obras, nosso projeto está totalmente adequado ao programa", enfatizou Fortunati.
Para tirar o projeto do papel serão necessários cerca de R$ 2,3 bilhões, por meio de uma parceria público-privada. Pela proposta elaborada em parceria pela prefeitura, governo estadual e Trensurb, o investimento inicial será do governo federal e da empresa a ser licitada. Os recursos do município seriam aplicados na etapa de operação. Além disso, estão previstas isenções fiscais estaduais para viabilizar a iniciativa. A gestão do sistema, a exemplo do que ocorre com os ônibus, ficará com a prefeitura e a operação será da empresa vencedora, que terá concessão de 30 anos para administrar o metrô. Os projetos concorrentes ao PAC deverão ser inscritos até o início de abril e os selecionados serão divulgados no dia 12 de junho.
Dependendo do volume de recursos alocados pelo governo federal, a linha do metrô poderá ter entre 12,5 e 15,3km de extensão, contando com até 14 estações.  A certeza é de que a linha passará pelo Centro Histórico e seguirá em direção à Zona Norte, percorrendo, de modo subterrâneo, grandes avenidas como a Farrapos e a Assis Brasil. "É nesta região da cidade que se encontra 55% da demanda de transporte coletivo da Capital. Por isso a escolha deste traçado, garantindo a sustentabilidade do sistema", explicou o prefeito.
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