A campanha iniciou oficialmente no mês de agosto. Mas, antes dela, as pré-campanhas já movimentam as agendas e as redes sociais dos candidatos. E os debates entram no campo das coordenações, especialmente das campanhas majoritárias, também no período pré-eleitoral devido à força que eles vêm adquirindo para além das transmissões "oficiais" da televisão e do rádio. Alguns, inclusive, já são transmitidos essencialmente pelos portais de internet.

Dignos de um preparo que envolve muita pesquisa e estratégia das equipes, os debates atuais têm se tornado cada vez mais envoltos em um novo ponto, também de co-responsabilidade das equipes: a divulgação no Twitter. Divulgação essa que extrapola aquela realizada pela conta oficial do candidato, pois apoiadores também usam dessa que é uma possibilidade de acesso a uma riqueza de conteúdo para transmiti-los em suas redes.

A dinâmica diferenciada torna-se uma espécie de transmissão paralela, uma narração em tempo real que privilegia sempre, e naturalmente, aquele que a está narrando. A repercussão dos debates eleitorais no Twitter são, portanto, uma imersão repleta de aspas dos "lacres" explanados. Há quem prefira acessar o próprio debate em si somente na tela paralela dos 140 caracteres com toda sua objetividade e rapidez.

Outro fator singular do debate que se acessa pelo Twitter é a busca pela transcrição das frases em tempo real, como se fosse o candidato fazendo os posts, mesmo diante da certeza comprovada que ele, no caso o dono de conta, encontra-se naquele momento diante do mediador e dos adversários e não da sua tela do celular. Mas essa busca justifica-se pela busca aos trending topics, fator de bastante relevância da comunicação via Twitter.

As análises posteriores da presença de cada candidato nos debates e no Twitter são divulgadas pela imprensa e usadas como termômetro de popularidade e posicionamento, sendo posteriormente, como tem se comprovado, refletida nas pesquisas.

Alessandra Fedeski é jornalista.