Não é o mais forte que sobrevive, mas o que melhor se adapta às mudanças

Por Eliana Camejo, para Coletiva.net

Crédito: Reprodução

Nós, comunicadores, e especialmente comunicadores digitais, não resistimos a novidades. Por isso, o Clubhouse tem estado na ponta da língua e dos dedos de todos nessas últimas semanas. Quando vemos algo que está ganhando popularidade, sentimos a necessidade de descobrir, aprender, participar e, claro, criar conteúdo. Entretanto, também surgem questionamentos com tudo isso: será apenas uma nova febre passageira ou levará à obsolescência quem não se adaptar? Após o boom dos podcasts, o Clubhouse surge como uma nova ameaça ao rádio. Será? 

O rádio já recebeu ultimatos, mas segue firme como meio ágil de informação com credibilidade. A primeira ameaça foi a televisão. Em seguida, os serviços de streaming. Mais recentemente, os podcasts. Mas ele continua vivo, vibrante e versátil. A pandemia nos provou isso de diversas formas: aumentou a confiança dos ouvintes no rádio e o tempo que passam com ele ligado; cresceu o consumo pelas plataformas digitais e a força dos anúncios das principais marcas do País.

Mas, voltemos ao Clubhouse, a rede social só de áudios, que já passou dos 6 milhões de usuários e que motivou o Facebook e o Twitter a criarem produtos para concorrer com a plataforma - assim como fizeram com o Snapchat e o TikTok. Não acho que precisemos nos preocupar com o rádio, porque ele já mostrou sua força de adaptação e sua superioridade com relação à credibilidade para informar. Porém, nosso foco deve estar em descobrir o que nós podemos ganhar com o Clubhouse e o que podemos oferecer lá dentro.

Hoje, a entrada na plataforma ainda não está popularizada, e não se sabe por quanto tempo seguirá restrita a convidados e usuários de iPhone, mas isso tende a mudar rapidamente. Nesse período de transição, é meta dos profissionais de marketing digital descobrir como produzir um conteúdo relevante, que traga resultados positivos para as marcas e acrescente aos consumidores.

E assim iniciamos 2021, buscando nos adaptar a uma nova plataforma, que promete muitas possibilidades e visibilidade, movimento que se repete com a chegada de cada nova tecnologia e formato inovador. E, neste sentido, cabe a máxima: não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. Os pioneiros nas estratégias desta nova rede social certamente colherão bons frutos.

Eliana Camejo é founder e CEO da Camejo Estratégias em Comunicação e Marketing.

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