O marketing digital na pandemia
Por Anderson Fagundes, para Coletiva.net
Se as pessoas estão vivendo mais dentro de suas casas e menos nas ruas, naturalmente o comércio de rua e shoppings perdem movimento e faturamento. Mas o poder de compra ainda existe, porém ele é exercido de dentro de casa. Como se comunicar com essas pessoas, então?
O marketing digital ganhou importância de forma exponencial após o início da pandemia. Quem não mantinha nenhuma ação nos meios digitais, que demandava a presença física para o consumo, pode estar fadado a quebrar!
Nos últimos meses, os negócios estão entrando em peso com seus canais e comunicação digital como forma de se adaptar ao novo comportamento da sociedade. Segundo dados da ABCOMM, entre março e maio foram abertas 107 mil novas lojas no comércio eletrônico, enquanto o volume de novas lojas antes da pandemia era de 10 mil por mês. E não apenas o e-commerce cresceu, além dele, a venda de produtos por marketplaces, atendimentos por WhatsApp e o uso de redes sociais como meio de promoção de pessoas e negócios. Somente em março, o número de lives no Instagram cresceu 70% .
Mas nem tudo são flores mesmo no mercado digital, que tem sido visto como uma das grandes oportunidades para sair da crise. Primeiro, porque não se cria um site, e-commerce ou perfil em redes sociais em um dia para começar a vender no outro. Demanda tempo e investimento até desenvolver um modelo maduro e vendedor. Além destes ativos, existe também toda a operação back-office que precisa se adaptar aos novos canais.
E segundo, que o próprio mercado de marketing digital sofreu as suas mudanças também. Se antes o dinheiro estava abundante no mercado, muitos negócios mantinham seus investimentos em mídias como Google, Facebook e outras ads sem grandes preocupações com crescimento orgânico (não patrocinado) e retorno dos investimentos em mídia.
Agora que o futuro é incerto para todos e o fluxo de caixa é rei, o dinheiro investido precisa ser bastante ponderado. Se existem mídias espontâneas e orgânicas, por que temos que investir alto para gerar 70% a 90% do tráfego através de mídias pagas? E deste montante investido, quanto exatamente foi o retorno em vendas e novos negócios?
As empresas passam a se questionar sobre estas situações (que também não são novas) e a revisar seus investimentos em mídia, às vezes reduzindo-o para investir em conteúdo próprio nas suas redes sociais, através de postagens e lives, ou buscando serviços como SEO (Search engine optimization, ou otimização para mecanismos de busca), cujas estratégias e técnicas ajudam os negócios a conquistar melhores posicionamentos em mecanismos de busca, como Google, de forma gratuita, sem custo de veiculação, impressão ou clique.
Anderson Fagundes é CEO da Lume - Growth Partner, consultoria no desenvolvimento de estratégias de comunicação digital com foco em SEO e Analytics.