Boate Kiss: "Nos preparamos muito", diz Adriana Arend sobre trabalho do TJRS

Coordenadora de Imprensa do órgão conversou com Coletiva.net sobre atuação da equipe que auxilia a imprensa durante o julgamento

Equipe da Comunicação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - Crédito: Divulgação/Imprensa TJRS

O julgamento do caso da Boate Kiss se iniciou em 1º de dezembro, mas a equipe de Comunicação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) se organiza para este, que é considerado o mais longo da história gaúcha, há muito mais tempo, com o intuito de facilitar ao máximo o trabalho da imprensa local e nacional. "Nos preparamos muito para isso", relatou a coordenadora de Imprensa do órgão, Adriana Arend, ao Coletiva.net. Além dela, também integram a equipe o coordenador do Núcleo de Comunicação Digital e Convergência Midiática, Fabio Berti, os jornalistas Analice Bolzan, Janine Souza, Juliano Verardi, Fabiana Fernandes, Márcio Daudt, Patrícia Cavalheiro, Rafael Ferri e Rafaela Souza. 

Esforço máximo

Uma boa experiência com a imprensa durante a cobertura do caso Bernardo foi a inspiração para atender aos jornalistas ao longo do julgamento. Conforme Adriana, eles tinham conhecimento do que havia funcionado na ocasião, sendo assim, mantiveram a mesma estrutura para que os profissionais de imprensa trabalhassem sem percalços. "Partimos da nossa experiência, claro, em dimensões menores. Mas sabíamos do que tinha funcionado e a imprensa tinha aprovado", reiterou. Dentre a estrutura replicada estão uma sala extra, com telão transmitindo o julgamento, computadores wi-fi, mesas, além de  água e café. 

"Tentamos fornecer essa estrutura básica, e com o desafio extra de ser em uma pandemia, com um lugar grande, distanciamento. Também buscamos atender às necessidades específicas de cada um", abordou Adriana. Ela citou como exemplos uma linha de internet própria, uma salinha para fazer um programa ao vivo, consentir que trouxessem equipamentos próprios, além de permitir que casos especiais - como a produção de imagens atemporais e diferenciadas - acessassem o plenário todos os dias.

Conforme a coordenadora de Imprensa do TJRS, o retorno que estão tendo agora é de que as necessidades estão sendo supridas. "Estamos sempre com no mínimo um de nós na sala de imprensa para tirar as dúvidas e atender aos pedidos", relatou. Para que todos os jornalistas tivessem a oportunidade de cobrir o julgamento no plenário, um sorteio foi realizado, por ordem de credenciamento, para que oito jornalistas por dia acessassem o plenário. De acordo com Adriana, os profissionais estão respeitando as normas. 

Entretanto, contou que há momentos na sala do julgamento em que as cadeiras ficam vazias, pois nem todos os familiares credenciados estão acompanhando. Por isso, permitem que jornalistas as ocupem, "sempre com o bom senso e entendendo que, caso cheguem, precisam deixar o local". Adriana percebeu, porém, que muitos preferem acompanhar da sala de imprensa, pois conseguem ficar com seus computadores e equipamentos. 

Material de apoio

A equipe também preparou um material prévio de apoio para a imprensa com os passos do julgamento, as pessoas envolvidas e outras informações pertinentes. Além de atender à imprensa, Adriana apontou que a cobertura não tem só esta finalidade de produzir conteúdo para a mídia e a sociedade no geral, mas também como registro histórico, "pois sabemos que é o mais longo julgamento da história da justiça gaúcha". 

Para tal, fazem matérias para o site, produzem para as redes sociais e contam com uma convergência total dos veículos do órgão, como a TV e a rádio Themis. "Fomos muito apoiados, tanto pelo nosso Conselho de Comunicação Social, que é formado por magistrados, desembargadores e juízes, quanto pela presidência do Tribunal, que nos deu todo o apoio e compreendeu a importância da Comunicação neste momento", salientou ela, ao comentar sobre como isso "é fundamental para a estrutura privilegiada que a imprensa está tendo, tanto física e material, quanto de acesso ao plenário".

Cada depoimento, interrogatório e fase a equipe publica no site rapidamente e, na capa dele, mantém destaques de material de apoio: "Tudo o que está previsto para acontecer no júri está ali. Por exemplo, hoje nos perguntaram da questão dos quesitos. Nós temos dentro desse material um link só falando sobre eles e como funciona a votação dos jurados quando forem para a sala secreta". 

Ainda disponibilizam uma linha de transmissão no WhatsApp com a imprensa, por onde são enviados conteúdos informativos e complementares, além de informações de última hora, a exemplo de horários e ordem de depoimentos. O material de apoio ainda conta com  uma página na rede social fotográfica Flickr, onde o fotógrafo disponibiliza as imagens do plenário em alta resolução para quem quiser baixar e utilizar.  

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