Para Márcio Callage, marcas devem apostar em nichos

CMO da Vulcabras palestrou no South Summit e defendeu que as empresas precisam planejar campanhas inteligentes

Márcio Callage é CMO da Vulcabras - Crédito: Reprodução

Com base na  sua leitura sobre a chamada "sociedade desatenta", na qual o ser humano não está acostumado a lidar com transformações em tão pouco tempo, Márcio Callage subiu ao palco The Next Big Thing, do South Summit, nesta sexta-feira, 31. Conforme o CMO da Vulcabras, em um mercado com inúmeras alternativas de produtos e serviços, há uma disputa constante pela preferência dos consumidores. "Para criar conexões com os clientes e não se limitar a lançar produtos no mercado, as empresas precisam planejar campanhas inteligentes, menos massivas e mais voltadas para nichos."

O diretor de Marketing da Vulcabras, indústria e gestora de marcas esportivas como Olympikus e Under Armour Brasil, abordou que a natureza do ser humano está habituada a um ritmo de mudança mais lento e, por isso, vem a sensação de caos, ansiedade, crises de burnout, entre outros. Outro argumento usado por Márcio é que os consumidores não querem fazer escolhas o tempo todo. "Diante de tantas decisões, nosso cérebro desconecta das propagandas e vai no produto que sempre comprou. Não adianta lançar algo achando que o cliente só vai comprar. É preciso fazer mais alguma coisa."

Para se diferenciar e fugir desse excesso de escolhas, ele propôs uma comunicação em ambientes e plataformas onde as pessoas optem proativamente por consumir os conteúdos. "Ou eu crio um opt-in, um contexto onde elas querem ver nossos materiais, ou elas não prestam atenção." Disse ainda que, para esse cenário ser favorável às marcas, o olhar segmentado é fundamental. "Precisamos deixar de lado o conceito de mídia de massa e passar a entender que existem nichos", enfatizou.

Márcio salientou que esse esforço de marketing focado em segmentação pode ser feito via gestão de comunidades - que não precisam, necessariamente, ser criadas. Para ele, uma empresa pode se aproximar de um grupo que já existe, desde que tenha uma contribuição real a fazer para seus integrantes, sem soar artificial. "É um contexto onde a marca desce do pedestal e passa a fazer a vida daquela comunidade melhor. E, pra isso, é preciso ter entendimento, produzir conteúdo próprio e ser verdadeiro."


O time de jornalistas de Coletiva.net acompanha em tempo real o South Summit Brazil - edição brasileira de um dos maiores eventos internacionais de Inovação e Tecnologia -, realizado de 29 a 31 de março, no Cais Mauá, em Porto Alegre. Neste ano, estudantes da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) reforçam a cobertura do portal, que conta com matérias e entrevistas exclusivas sobre o evento, repercutidas nas redes sociais - Facebook, Twitter e Instagram -, além de drops em Coletiva.rádio. O apoio é do Grupo RBS e da Famecos.

 

 
 

Comentários