Agradeço à vida que tem me dado tanto
Por Márcia Martins
Mesmo fora do mercado da comunicação, uma vez que estou aposentada, sou uma consumidora assídua de notícias sobre a área, e adoro quando é possível reencontrar as pessoas que fizeram ou fazem jornalismo, publicidade ou relações públicas. É maravilhoso e me renova rever colegas de locais onde eu trabalhei e representantes das associações e sindicatos da categoria. Por isso, fui toda faceira para o evento que celebrou os 25 anos do portal coletiva, na quarta-feira, 11, no GNC do Praia de Belas. Troca de beijos e abraços sem imaginar o que me esperava.
E no evento dinâmico e super bem conduzido pelos diretores do Coletiva, Iraguassu Farias e a xará Márcia Christofoli, algumas pessoas foram sendo chamadas para receberam homenagens por diversos motivos. Até que a Márcia nominou e agradeceu os colunistas e as colunistas do portal. E não falou meu nome. Poxa, esqueceram de mim, pensei! E até iria ensaiar um beiço de bebê chorão. Quando a Márcia disse que sim, não haviam citado um nome de propósito, por ser a colunista mais antiga do portal, euzinha, a Marcinha, a Márcia Martins, havia sido escolhida para ser homenageada.
Nem reparei minha foto no telão de tão emocionada que fiquei. Não fosse a amiga Carla Seabra que sentava ao meu lado no cinema GNC tirar uma foto eu nem teria visto. Juro que fiquei muito, mas muito feliz. Não esperava. Não tinha a menor ideia de tal homenagem. E depois de receber o mimo com uma placa comemorativa das mãos do editor João Fernando, voltei para o lugar onde estava sentada com dois pensamentos: "que carinho deste povo do Coletiva" e "que honra enorme ser escolhida entre uma equipe tão talentosa e competente de colunistas".
Sou a mais antiga, com muito orgulho porque não é fácil permanecer tanto tempo escrevendo semanalmente sobre diversos assuntos, sem nenhum tipo de censura e sabendo que, dependendo do tema, é complicado agradar todos. E recebo sim críticas positivas e negativas. Como já disse certa vez, eu as aceito desde que venham com um tom educado. E, é muito mágico. Às vezes, na quarta-feira de noite ou na madrugada de quinta-feira, fico olhando para as teclas do notebook sem saber o que escreverei. De repente, os dedos se coçam e o texto começa a fluir, sem nenhum esforço.
Por pura vaidade, preciso esclarecer algo. Sou sim a mais antiga colunista do portal. Não a mais velha (que me perdoem os outros, é só uma brincadeirinha). Na realidade, escrevo para o portal desde maio de 2004, quando muito metida, passei a enviar artigos frequentes para o editor na época, o Vieira da Cunha. E, no lançamento de um livro de uma jornalista amiga, em junho de 2005, o Vieira me convidou para ser colunista fixa. Mal sabia ele que eu, completamente envaidecida, passaria a fazer parte da história do Coletiva.
Em nome dos e das demais colunistas (sem consultá-los previamente), agradeço a acolhida carinhosa sempre de toda a equipe da Coletiva. Em meu nome, sou muito grata ao comando anterior do portal (Vieira da Cunha, José Fuscaldo e Luiz Fernando Moraes), por me abrir as portas lá em 2004. Do fundo do meu coração, agradeço imensamente à Márcia, ao Iraguassu e todo o povo que faz o portal nos dias atuais. E, lamento informar, mas enquanto não me dispensarem, eu vou ficando.
Com o coração transbordando de felicidade e uma vontade indescritível de seguir escrevendo em 2025, 2026..., eu declaro que sou uma pessoa muito abençoada. Gracias a la vida que me ha dado tanto!