Caminhos quentes para a Dupla
Por Rafael Cechin

A semana é de parada nos jogos da dupla Gre-Nal, período importante para descansar e treinar, também para refletir sobre os erros e acertos até agora na temporada. O ano do Inter tem gás total no Gauchão para voltar a ganhar o título e evitar o octa do rival, perda de fôlego quando chegaram as competições mais fortes, com calendário sufocante. Na eterna gangorra, o Grêmio parece que finalmente está evoluindo, com uma estrutura defensiva mais sólida e a gurizada na frente. Em meio a isso, conhecemos os adversários do início do segundo semestre.
O retorno das competições, a partir do final de julho, promete ser muito quente para os dois clubes. Único daqui que ficou na Copa do Brasil, o sorteio levou o lado vermelho para o Fluminense de Renato Portaluppi. Fora do país, os colorados vão encarar o Flamengo nas oitavas-de-final em agosto, num duelo que até pode ser lamentado, mas na minha opinião se tem hora boa para pegar um time tão poderoso é agora, com os flamenguistas mais cansados pela disputa da Copa do Clubes em junho e julho, decidindo a vaga no Beira-Rio.
O Grêmio contra o Alianza Lima do Peru no indesejado playoff da Copa Sul-Americana e depois se passar terá pela frente a Católica do Equador. O Alysson é a grande notícia dos últimos jogos. A torcida fica mais otimista de que possa vir algo melhor do que simplesmente lutar contra o rebaixamento no Brasileirão. Não pode se pensar que está tudo solucionado, mas está no caminho. Já é alguma coisa.
Voltando ao Inter, a onda de lesões ajuda sim a explicar e até a amenizar a péssima imagem que o time do Roger tem deixado nas últimas semanas. É muita gente de fora por estar machucado. As baixas mais recentes, que vão retornar provavelmente só depois de eliminações nas copas, são os fundamentais Fernando e Bernabei.
Mesmo assim não dá para deixar de citar a falta de velocidade. Se tornou uma marca da equipe, que tem muita dificuldade em fazer jogadas rápidas. Se torna alvo fácil da marcação dos rivais, que retomam a bola e dão trabalho para a defesa colorada. Falta intensidade, justamente o que se elogiava no ano passado. Que a parada da data Fifa, mais adiante para a Copa do Mundo de Clubes, sirva para melhorar. A má campanha no Brasileirão está pedindo.
Na gangorra é cada vez mais difícil prever o que vai ocorrer depois da pausa da metade do ano. O certo é que os dois técnicos e as direções ganham um tempo de luxo para preparar melhor os times para as disputas que vêm por aí. As torcidas merecem mais. Muito mais.