Chega de levar porrada!

Por Fernando Puhlmann

"Quando a gente manda ninguém manda na gente!

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura

Na mudança de postura a gente fica mais seguro

Na mudança do presente a gente molda o futuro!"

Gabriel Pensador

Donald Trump age como um garoto mimado com poder demais nas mãos. Sua forma de lidar com o mundo é infantil: quando um país discorda dele ou da ideologia da extrema direita que representa, ele parte para o ataque, desqualifica, ameaça e tenta isolar. Não há diálogo, só imposição. Não há diplomacia, só chantagem.

O Brasil, há pouco tempo, sentiu os efeitos dessa postura. Durante o governo Bolsonaro, nosso país se ajoelhou diante de Trump - abrimos mão de acordos comerciais, nos isolamos de parceiros estratégicos e viramos motivo de piada na diplomacia internacional. Tudo para agradar um líder estrangeiro autoritário, que nunca respeitou o Brasil como nação soberana.

A eleição de Lula marcou uma virada na política externa brasileira. O Brasil deixou de ser submisso aos interesses da extrema direita internacional e retomou uma postura soberana, voltada ao diálogo, à multipolaridade e à defesa da democracia. Essa mudança incomodou Donald Trump, que viu o Brasil sair da sua órbita de influência e voltar a se posicionar de forma independente no cenário global. O que irrita Trump é exatamente isso: um Brasil que pensa por si e não se curva à chantagem ideológica.

É inaceitável que um país do tamanho e da importância do Brasil se submeta a outro tipo de relação que não seja de total soberania sobre suas decisões internas. Temos instituições independentes, uma democracia construída com muito custo e uma sociedade que não pode mais pagar o preço da submissão ideológica.

O Brasil não pode ceder à chantagem de líderes que se incomodam com países que pensam diferente. Somos soberanos, somos plurais e temos o dever de nos posicionar com firmeza diante de qualquer tentativa de pressão externa, seja ela econômica, política ou simbólica. O tempo da bajulação acabou - é hora de agir com autonomia e dignidade.

É preciso afirmar com clareza: o Brasil é um país soberano. Temos uma democracia que, apesar das ameaças, continua resistindo, e uma Constituição que garante nossos direitos e liberdades. Não iremos ceder à líderes estrangeiros que desejam impor seus interesses à custa da nossa identidade e autodeterminação.

A lição que fica é dura, mas necessária: alianças baseadas em adoração cega e subserviência são sempre prejudiciais. O Brasil deve olhar para o futuro com maturidade diplomática, defendendo seus interesses com firmeza e recusando-se a ser manipulado por figuras que transformam a política internacional em um palco de egos feridos e narrativas autoritárias.

Agora é a hora da união, de retirarmos os ranços ideológicos das mesas de discussão, de nos entendermos como nação e proibir crianças mimadas de usarem a nossa economia como moeda de barganha. Afinal, crianças são bonitinhas, mas não sustentam a casa.

Autor
Sócio-cofundador da Cuentos y Circo, Puhlmann é um dos principais especialistas em YouTube do país, com um olhar focado em possibilidades de faturamento na plataforma e uma larga experiência em relacionamento com grandes marcas do mercado de entretenimento. Além de diretor de Novos Negócios da CyC, tem também no seu currículo vários canais no país, entre eles o do escritor Augusto Cury, do Gov Eduardo Leite, Natália Beauty e do Grêmio FBPA, sempre atuando como responsável pela estratégia de crescimento orgânico dos canais. Já realizou palestras sobre a nova Comunicação juntamente com diretores do YouTube Brasil como a abertura do 28º SET Universitário da Famecos-PUCRS, o YouPIX/SP e o Workshop YouTube Gaming Porto Alegre. Desde 2013, Puhlmann ministra cursos, seminários e oficinas sobre YouTube, tendo mentorado mais de 30 canais nos últimos anos.

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