Chico Garcia assume como observador de arbitragem do Grupo Bandeirantes.
1) Quem é você, de onde veio e o que faz?
Depois de algumas tentativas frustradas para cursar Direito, acabei optando pelo Jornalismo em 2001. Sempre gostei de Comunicação e queria fazer algo que, de certa forma, interferisse na vida das pessoas. Isso significa ajudar, alegrar, descontrair, informar. Hoje, sou muito grato por não ter sido aprovado nos vestibulares de Direito. Nasci e sempre morei em Porto Alegre, mas sou do mundo. Atualmente, atuo como jornalista esportivo, desempenhando a função de observador de arbitragem no Grupo Bandeirantes de Comunicação.
2) Você já desempenhou diversas funções no Jornalismo. Por que optou por se especializar como observador de arbitragem?
Foi uma oportunidade, uma janela para investir em algo específico, criando uma referência no assunto. Assim como tem o repórter de política ou de economia dentro do Jornalismo Geral, a arbitragem é um setor especializado dentro do Jornalismo Esportivo. Quando recebi o convite para fazer o curso pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e poder atuar nas jornadas esportivas, não pensei duas vezes.
3) Quais os principais desafios no desempenho desta função?
Mexer com a paixão dos torcedores. Arbitragem é muito polêmica. O torcedor xinga o árbitro, mesmo ele estando certo. E, quando ele erra ou acerta contra um time da Capital, acabo avalizando a decisão dele, propagando isso para a opinião pública. Isso gera revolta nas pessoas. Hoje é mais tranquilo, pois acho que adquiri certo respeito. Antigamente era mais fácil duvidarem de mim, mas faz parte. Credibilidade se constrói com o tempo.
4) Se não fosse comentarista esportivo, o que gostaria de fazer?
Trabalhar como correspondente internacional. Me fascina ir para um outro país e informar as pessoas sobre o que está acontecendo. Desvendar culturas, hábitos diferentes e procurar histórias interessantes. Sou apaixonado pelo Jornalismo em todas as suas áreas.

5) Que conselho daria para quem deseja atuar na área?

Primeira coisa é gostar do que faz. Depois fica mais fácil, pois você consegue driblar as adversidades da profissão. E trabalhar. Não precisa esperar pelo término da faculdade para procurar emprego. Criar uma rádio na internet, fazer um jornal de bairro, tudo isso é experiência. É preciso ser visto e estar no meio para que as oportunidades surjam.