É preciso ousadia para fazer eventos agora

Por Anelise Zanoni

Semana passada a cidade de Gramado se transformou em case de sucesso na área de eventos. No momento em que o Estado está com bandeira vermelha e diante de um processo de vacinação contra covid, dois encontros paralelos movimentaram a cidade: Festuris Connection e a Gramado Summit.

Ambos eventos ocorreram sob autorização do governo do Estado e diante de uma forte fiscalização sanitária. E parece que deu certo.  

Depois de ter a data prorrogada por pelo menos duas vezes, a Gramado Summit se consolidou nacionalmente como um modelo de evento neste período tão difícil. Já a Festuris Connection apostou em um formato híbrido: centenas de pessoas puderam ouvir palestras sobre vendas, estratégias e destinos, enquanto outras estavam presencialmente num hotel.  

Medição de temperatura, máscara, sanitização constante de espaços e controle rígido do distanciamento foram ações fixas do evento. E tudo parece ter dado certo.  

As pessoas estavam saudosas de encontros presenciais, pareciam ter necessidade de atualizar conhecimentos, queriam a vibração de outras pessoas. Além disso, ambos encontros foram fundamentais para repensar estratégias que este momento exige no mundo digital e também no turismo.  

Reunir pessoas e fazer dois eventos após um dos piores momentos que o Rio Grande do Sul viveu foi um ato ousado. Tal ousadia inspirou centenas de pessoas a repensar seus negócios e a criar novas estratégias para nosso futuro próximo.  

Com certeza, é preciso planejar muito bem os próximos eventos. Mas se houver ousadia e cuidados dobrados vamos conseguir retomar esses encontros que são tão importantes não só para nossa socialização, mas também para trocarmos ideias e experiências e desenvolver melhor os negócios que ajudam a movimentar a economia. 

Autor
[email protected] Mestre e doutora em Comunicação Social, a jornalista é CEO da Way Content Agência da Comunicação, especializada em turismo, gastronomia e estilo de vida, e fundadora do projeto Travelterapia, que divulga destinos, experiências e cria projetos de branded content. Em 2019 foi finalista da categoria Imprensa do Prêmio Nacional de Turismo, promovido pelo Ministério do Turismo. Tem experiência como repórter e editora, e é freelancer de publicações como Viagem Estadão e Veja Comer & Beber. Trabalhou 12 anos na redação do jornal Zero Hora e produziu conteúdos para veículos como Sunday Independent, Hola!, Contigo!, Playboy, Veja, Globo.com e Terra. Também atuou por 10 anos como professora de universidades como Unisinos e ESPM, passando pelos cursos de Jornalismo, Relações Públicas e Produção Fonográfica. Atualmente pesquisa o papel da imprensa no desenvolvimento do turismo e já estudou em países como Irlanda, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.

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