Eu prefiro o jornalismo de resultado. E você?

Por Grazi Araujo

Quando trabalhamos com comunicação, entendemos que há meios plurais de fazer isso, desde a construção e estratégia de marca, redes sociais, publicidade, marketing direto, relacionamento interpessoal e assessoria de imprensa. Tem um montão de opções ainda para completar o rol de formas disponíveis a se trabalhar que não mencionei na frase anterior. Quando estudamos comunicação como um todo e saímos da bolha do que somos especialistas, enxergamos que o que fazíamos até então é parte de todo o processo. Comunicar é uma constante, é premissa de continuidade de um negócio e de reconhecimento da sociedade. Seja em qual esfera, trabalhar comunicação como prioridade contribui diretamente para viabilizar tantas outras coisas importantes para um negócio dar certo. 

Há 18 anos (!) encontrei na assessoria de comunicação um caminho a seguir. Tive bons mestres e passei a me dedicar a isso para conseguir valorizar a notícia como ela deve ser. Somos um elo desse processo. E conforme o tempo vai passando, as relações se estabelecem e a confiança entre os colegas de imprensa firmam esse trajeto da notícia. Para quem vê de fora, parece fácil estar na imprensa. Tem quem pense que é só enviar pro jornalista e deu. Doce ilusão.

Aí entra a diferença do jornalismo de impacto e do jornalismo de registro. Tem quem se contente com apenas a citação em uma matéria. Eu prefiro os que protagonizam a notícia, os que acrescentam ao setor que representa, ao concorrente, aos seus clientes e à audiência, obviamente. É uma construção com penso no coletivo, gera valor à sociedade. Essas pautas são as que os jornalistas comprometidos preferem. Tem aqueles que gostam ainda de espancar a pauta, como aprendi com a colega e amiga Giane Guerra. 

Quantas sugestões por dia esses jornalistas recebem? Quantas ligações? E-mails? Textos mandados para listas de transmissão quando deveriam ser exclusivos? É preciso saber separar o joio do trigo. O registro do conteúdo. Tem que conhecer a linha de cada um, o jeito de fazer jornalismo, o que brilha os olhos e faz a pauta virar destaque de capa. Aí estamos falando de qualidade. De retorno, de construção de imagem, de marca. De uma comunicação com propósito e bem feita.

Eu sempre fui resistente a reconhecer o valor do cm/col como forma de mensurar. Mas já experimentou ver quanto custaria se aquele espaço fosse comprado? Pagou, tá lá, é a regra do anúncio. Mídia espontânea, meu povo, é fruto do trabalho feito com dedicação, tino, envolvimento. E isso é reflexo de um caminho construído com paixão pelo que se faz, confiança no que se passa e conhecimento técnico, prático com uma pitada de sensibilidade. 

Autor
Grazielle Corrêa de Araujo é formada em Jornalismo, pela Unisinos, tem MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político, na Estácio de Sá, pós-graduação em Marketing de Serviços, pela ESPM, e MBA em Propaganda, Marketing e Comunicação Integrada, pela Cândido Mendes. Atualmente orienta a comunicação da bancada municipal do Novo na Câmara dos Vereadores, assessorando os vereadores Felipe Camozzato e Mari Pimentel, além de atuar na redação da Casa. Também responde pela Comunicação Social da Sociedade de Cardiologia do RS (Socergs) e da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Nos últimos dois anos, esteve à frente da Comunicação Social na Casa Civil do Rio Grande do Sul. Tem o site www.graziaraujo.com

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