Mais da metade de 2025 já se passou

Por Márcia Martins

Talvez pouca gente tenha se dado conta. Ou nem mesmo dedicado um minuto do seu precioso tempo para pensar. Mas chegamos ao sétimo mês do ano. E mais do que a entrada de julho no calendário, o dia de ontem é significativo. Isso porque a quarta-feira, 2 de julho, aqui em Porto Alegre com um frio de renguear Cusco, sinalizou exatamente a metade do ano. Em anos não bissextos, como é o caso de 2025, 2 de julho é o 182º dia do ano, e indica que o final do ano está apontando logo e que resta somente a metade para realizar planos, cumprir promessas, acertar encrencas e incrementar a busca da felicidade.

Por isso, pegando emprestado pedaços da letra da música de Caetano Veloso, "Oração ao Tempo", vou fazer um pedido a este senhor tão bonito, compositor de destinos, para a metade de 2025 que bate sorrateiramente à minha porta. Já que és tão inventivo e um dos deuses mais lindos, dê-me tempo para ser ainda mais corajosa para enfrentar as adversidades, para seguir sem falhar na rotina de cuidados com a minha saúde, para procurar mais as amigas e os amigos para os encontros a fim de alimentar as relações fraternais e para intensificar os momentos sempre necessários de ócio.

Peço-te o prazer legítimo para que o tempo seja propício a chorar todas as minhas saudades, e são tantas, a lamentar algumas decisões errôneas, que já não podem mais ser consertadas e reviver, mesmo que na memória por vezes já enfraquecida pelos anos, lembranças de vivências que são sinônimos de felicidades. Nesta metade de 2025 que ainda me será ofertada, quero ter tempo para ir atrás de soluções possíveis para os menos afortunados, um olhar afetuoso para os que pouco ou nada têm e seguir sem me acomodar com as crescentes injustiças sociais.

Logo, quero sim aproveitar o que me resta de 2025 para executar projetos viáveis para enriquecer o meu cotidiano, para buscar alternativas para alguns planos que não terei mais tempo hábil de realizá-los, para traçar novos rumos para antigos problemas, para otimizar os dias e noites intensamente até o final do ano.

Faço sim novos projetos a cada novo amanhecer. E seguirei assim até o fim de todos os meus dias. Faço sim novos caminhos em cada oportunidade que eu saio do conforto do meu apartamento. Para conhecer e ampliar os horizontes. E seguirei assim até o fim de todos os meus dias. E toda vez que eu acordo, desperto com a decisão irrevogável de ser feliz. O resto é simplesmente o resto. E vamos viver com felicidade a metade de 2025 que chegou.

Autor
Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), militante de movimentos sociais e feminista. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou sua carreira profissional, e teve passagens por Zero Hora, Correio do Povo, na reportagem das editorias de Economia e Geral, e em assessorias de Comunicação Social empresariais e governamentais. Escritora, com poesias publicadas em diversas antologias, ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA) na gestão 2019/2021. E-mail para contato: [email protected]

Comentários