Nem sempre as coisas dão certo e às vezes os heróis se machucam

Por Marina Mentz

Direto do tempo em que as séries Marvel moravam na Netflix, a série que conta a história de Matthew Murdock, é um ótimo jeito para quem quer se aproximar dos live-action deste universo dos heróis. 'Daredevil', lançada lá em 2015, tem três temporadas em que podemos acompanhar a vida dupla de Matt: advogado de dia e um super-herói bom de briga à noite.

Em uma sequência muito ao contrário, eu cheguei até 'Daredevil', então se vale de conselho: não interessa que a série foi lançada há mais de sete anos, se ainda não viu, veja.

A história, em resumo, aproxima o universo dos heróis do realismo. Isso porque Matt Murdock é um advogado com deficiência visual, depois de um acidente ainda criança, que tem todos os outros sentidos muito aguçados. Ao não admitir as injustiças da violência de Hell's Kitchen, ele se auto escala como herói. Daredevil é muito combativo, cheio de habilidades, mas também toma umas surras e leva derrotas para casa. Mesmo assim, mantém seu principal preceito: ele não mata ninguém.

Eu digo que cheguei até esta série de um jeito muito ao contrário porque antes dela vi 'Punisher', uma história desenvolvida para um dos personagens que nasce em 'Daredevil', o querido Frank Castle. Também vi 'Gavião Arqueiro', de 2021, que tem a aparição de Wilson Fisk. E, mais recentemente, vi 'She-Hulk', que tem uma rápida participação de Matthew Murdock.

Mesmo com alguns anos de atraso e alguns spoilers na bagagem, pude me envolver com a narrativa do herói da lei e sua sede por justiça. Aliás, Matt, desde a primeira temporada, luta contra um dos vilões mais bandidos da Marvel: Wilson Fisk.

Endinheirado, poderoso, influente e inteligente, Fisk permanece rondando a história ao longo de três temporadas. E sempre muito detestável. 

É por isso que digo da aproximação do heroísmo difícil de acreditar com o humano. Porque nem sempre as coisas dão certo, e as pessoas realmente se machucam nessa história. 

A série completa está disponível no Disney+, assim como todas as outras da franquia.

Autor
Marina Mentz é jornalista, doutora e pesquisadora das infâncias brasileiras. Cofundadora da Bisque Laboratório Criativo, tem experiência na área de Comunicação, com passagens por agências e redações de jornal impresso, televisão, rádio e digital. Há 12 anos, pesquisa a presença das violências contra infâncias na mídia. E-mail para contato: [email protected]

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