O design e a imprensa

      Dois fatos levaram-me a pensar sobre o design e sua relação com a imprensa. Um deles foi a edição de “Acontece por Design”, revista …

      Dois fatos levaram-me a pensar sobre o design e sua relação com a imprensa. Um deles foi a edição de "Acontece por Design", revista do Gad?Design que busca sanar carências de comunicação e informação. Só para citar outras duas revistas, mensalmente temos aqui no sul do Brasil a Aplauso (estamos nos referindo à existência do espaço para se falar em design), além do outrora garantido sucesso, pelo menos entre o pessoal da área, da Megainfo, realizada pela Megaprint, no bom tempo em que era desenhada pelo Sandro Fetter, ex-também revista do Dado.
      O outro fato foi uma pergunta que me fez um profissional em design: onde poderíamos solicitar, na imprensa, uma opção para "cobrir" (em jargão jornalístico) um evento sobre identidade visual? Além de uma assessoria de imprensa, é claro, sugeri a ele algumas pessoas que poderiam dar a matéria, porém, ainda assim os espaços me pareciam ser inadequados. E me dei conta que o design fica flutuando entre várias editorias quase como um assunto inexistente. Pode sair algo (se sair) tanto em um caderno de cultura como de variedades ou em uma coluna de economia ou mesmo em colunas sociais. Se for um assunto pontual, que envolva nomes "familiares", fica mais fácil. E o espaço diário na imprensa para o design? Percebi (sem muito esforço) que são poucas as opções e os jornalistas familiarizados com o assunto que poderiam estar de olho no que se faz de importante. Essa coluna, ainda que não informe sobre o cotidiano, é apenas uma notinha em um mar de informação.
      E por falar em informação, dois escritórios gaúchos estão entre os finalistas da VI Bienal de Design Gráfico que acontece em São Paulo, no Sesc Pompéia de 20 de março a 07 de abril: Gad?Design (na categoria símbolos e logotipos, com o cliente Fundacine) e Wildstudio (na categoria ambientação com "Porões da Mente"). Entre os selecionados, na categoria livros, estão os trabalhos Poesia Visual, de Ana Cláudia Gruszynski, e Os Farrapos, desta que vos fala. Segundo Chico Homem de Melo, curador da mostra seletiva, foram 1.774 trabalhos inscritos de todo o Brasil, um recorde em Bienais da ADG. Destes, foram selecionados 338 trabalhos, sendo 61 os finalistas. De cada categoria, sairá um vencedor. Estaremos de olho neles.
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