O novo relacionamento

Minha experiência como profissional de marketing esportivo e, mais recentemente, como diretor de marketing do Grêmio, mostrou algo que ficou evidente na entrevista concedida por …

Minha experiência como profissional de marketing esportivo e, mais recentemente, como diretor de marketing do Grêmio, mostrou algo que ficou evidente na entrevista concedida por Pierre Schurmann (um dos membros da família Schurmann, que veleja ao redor do mundo) à revista Isto É: o de que os relacionamentos são cada vez mais importantes no mundo corporativo. Ele constituiu uma empresa que, através de projetos inusitados (vôo em balão, regata em barco), aproxima executivos e empresários em um momento de descontração.


Esta fórmula já vem sendo aplicada por muitas empresas: no Grêmio, por exemplo, não havia mais camarotes disponíveis para locação. Isto porque estavam todos locados e, na sua maioria, para empresas. E por quê? Porque as empresas conseguiram ver que, ao levar seus executivos para um ambiente totalmente descontraído (assistir a uma partida de futebol), juntamente com seus públicos de interesse (que podem ser seus vendedores, executivos de outras empresas - fornecedores, por exemplo), o resultado final era uma aproximação entre as pessoas, de forma que criava um vínculo muito forte entre elas. Fenômeno idêntico ocorre entre todos os estádios brasileiros e internacionais.


Conforme Pierre Schurmann destaca, em um ambiente cada vez mais competitivo e com produtos e serviços cada vez mais parecidos, o diferencial está no relacionamento. Ou seja, na confiança que um parceiro passa a ter no outro. Então, se tenho duas empresas que fabricam o mesmo produto (com qualidade semelhante), com preços muito semelhantes, minha opção será feita em cima de um critério subjetivo: confiança. E confiança se cria, se desenvolve, através de relacionamento.


Apesar de a fórmula da empresa de Pierre Schurmann não ser exatamente uma novidade (já houve e há outras empresas que fazem isto no Brasil), entendo que o grande diferencial está na maneira como ele enxerga o relacionamento entre membros de empresas: como um novo nicho de mercado. E, no meu entendimento, um nicho em franca expansão.

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