O perigo de se acostumar com o incômodo

Por Luan Pires

Dizem por aí que zona de conforto é um lugar bom. Um lugar macio, onde nada machuca, onde tudo já está no jeito. Mas vou te contar: tem zona de conforto que mais parece jaula disfarçada. A gente se acostuma ao raso, ao morno, ao incômodo. E como não dói tanto, a gente fica.

Às vezes, o problema não é o que falta, mas o que sobra de medo. Medo de tentar de novo. Medo de descobrir que existe mais. Medo de quebrar o pacto de silêncio com o desconforto que virou rotina. Tem gente que chama isso de maturidade. Eu chamo de cansaço.

E tem uma hora em que a gente começa a acreditar que é só isso que merece. Que não vale a pena querer diferente, querer melhor. Que pedir mais seria ingratidão. Mas não é. Querer o que te faz respirar mais fundo não é egoísmo, é sobrevivência.

Se acostumar com pouco pode ser confortável, sim. Mas não é justo com tudo que você pode ser.

Com Amor, Vida.

Autor
Luan Nascimento Pires é jornalista e pós-graduado em Comunicação Digital. Tem especialização em diversidade e inclusão, escrita criativa e antropologia digital, bem como em estratégia, estudos geracionais e comportamentos do consumidor. Trabalha com planejamento estratégico e pesquisa em Publicidade e Endomarketing, atuando com marcas como Unimed, Sicredi, Corsan, Coca-Cola, Auxiliadora Predial, Deezer, Feira do Livro, Museu do Festival de Cinema em Gramado, entre outras. Articulista e responsável pelo espaço de diversidade e inclusão na Coletiva.net, com projetos de grupos inclusivos em agências e ações afirmativas no mercado de Comunicação. E-mail para contato: [email protected]

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