Por que odiamos tanto o silêncio?
Por Luan Pires
Eu, como a Vida, quero te contar uma coisa: nem sempre é no barulho das conversas, nas festas cheias ou nas agendas lotadas que você vai me encontrar. Às vezes, eu moro justamente no silêncio, naquele instante em que você se escuta de verdade.
Gostar da própria companhia é uma das formas mais bonitas de existir. É quando você percebe que não precisa se preencher de vozes externas para sentir-se inteiro. É sentar consigo mesmo e descobrir que há beleza em estar só, que o silêncio não é ausência, mas presença: a sua.
Quando você aprende a caminhar sozinho, o mundo ganha outro ritmo. As pausas deixam de ser vazios e viram respiros. As esperas já não doem tanto, porque você entende que estar consigo é também estar em boa companhia.
Não é egoísmo, é amor. É saber se acolher a quem doar sua energia, a rir das próprias histórias, a cuidar dos próprios pensamentos. É ser o lar que você tanto procura nos outros.
Então, da próxima vez que o silêncio chegar, não o mande embora. Sente-se com ele. Faça um café, olhe pela janela, respire fundo. Sou eu, a Vida, te dizendo: a solidão pode ser um abrigo, quando a gente se torna amigo de si mesmo.
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