Por que odiamos tanto o silêncio?

Por Luan Pires

Eu, como a Vida, quero te contar uma coisa: nem sempre é no barulho das conversas, nas festas cheias ou nas agendas lotadas que você vai me encontrar. Às vezes, eu moro justamente no silêncio, naquele instante em que você se escuta de verdade.

Gostar da própria companhia é uma das formas mais bonitas de existir. É quando você percebe que não precisa se preencher de vozes externas para sentir-se inteiro. É sentar consigo mesmo e descobrir que há beleza em estar só, que o silêncio não é ausência, mas presença: a sua.

Quando você aprende a caminhar sozinho, o mundo ganha outro ritmo. As pausas deixam de ser vazios e viram respiros. As esperas já não doem tanto, porque você entende que estar consigo é também estar em boa companhia.

Não é egoísmo, é amor. É saber se acolher a quem doar sua energia, a rir das próprias histórias, a cuidar dos próprios pensamentos. É ser o lar que você tanto procura nos outros.

Então, da próxima vez que o silêncio chegar, não o mande embora. Sente-se com ele. Faça um café, olhe pela janela, respire fundo. Sou eu, a Vida, te dizendo: a solidão pode ser um abrigo, quando a gente se torna amigo de si mesmo.

Autor
Luan Nascimento Pires é jornalista e pós-graduado em Comunicação Digital. Tem especialização em diversidade e inclusão, escrita criativa e antropologia digital, bem como em estratégia, estudos geracionais e comportamentos do consumidor. Trabalha com planejamento estratégico e pesquisa em Publicidade e Endomarketing, atuando com marcas como Unimed, Sicredi, Corsan, Coca-Cola, Auxiliadora Predial, Deezer, Feira do Livro, Museu do Festival de Cinema em Gramado, entre outras. Articulista e responsável pelo espaço de diversidade e inclusão na Coletiva.net, com projetos de grupos inclusivos em agências e ações afirmativas no mercado de Comunicação. E-mail para contato: [email protected]

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